Práticas educativas e ressignificações dos saberes e fazeres das Bandas Cabaçais rurais: ações decoloniais no contexto musical urbano/contemporâneo
DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.v16i4.15685Palavras-chave:
Educação, Banda Cabaçal, Práticas educativas, Cultura popularResumo
As Bandas Cabaçais, também chamadas de Bandas de Pífanos, são grupos musicais de tradição rural existentes no Nordeste brasileiro desde o período colonial. Hegemonicamente constituídas por homens e vinculadas ao catolicismo popular, não dispensam oportunidades para profanar e libertar a brasilidade das masmorras capitalistas que negam a pluralidade, silenciam saberes, não reconhecem práticas educativas outras e condenam ao esquecimento tudo o que rompe com os padrões impostos pelo projeto de modernidade colonialista. Na contemporaneidade, contudo, esses grupos têm recebido olhares por parte de músicos urbanos, pesquisadores e produtores culturais, cujos trabalhos têm contribuído para o surgimento de projetos que ressignificam o fazeres populares tendo as Bandas Cabaçais como fontes de saberes e modos outros de existirem. Neste trabalho de cunho qualitativo, destacamos experiências de algumas musicistas para compreendermos por quais práticas educativas elas e outros/as novos/as pifeiros/as urbanos aprendem, transmitem, aprendem e ressignificam a cultura cabaçal. A coleta dos dados se deu através de entrevistas pelo whatsapp. Esperamos que os exemplos em tela inspirem e despertem o interesse de muitos outros(as) musicistas pela arte cabaçal.
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