Violências curriculares
A (in)visibilidade do corpo LGBTQIA+ na formação médica
DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.17818Palavras-chave:
Currículo, Formação médica, Gênero, Sexualidade, LGBTQIAResumo
O presente estudo se insere nas discussões sobre formação médica, e de modo específico, sobre currículo médico e as dimensões de corpo, gênero e sexualidade. Da conexão entre esses temas, o presente trabalho objetivou analisar como o corpo, gênero e sexualidade são acionados no Projeto Político Pedagógico (PPC) do curso de medicina da Unidade Acadêmica de Ciências da Vida — UACV/CFP/UFCG (Campus de Cajazeiras). Para dar conta dessa proposta de investigação, fundamentamos o referencial teórico-metodológico nos estudos pós-críticos sobre currículo. Tomamos como objeto de análise documental as DCN de 2001 para o curso de graduação em medicina e o PPC do curso em questão. Argumentamos ser múltiplas as formações discursivas — das normativas e diretrizes oficiais, científicas, biológicas/biomédicas, sociais, pedagógicos — que entram em disputa na composição curricular para a abordagem de saberes sobre gênero e sexualidade.
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