O espaço educacional como materialização de concepções e princípios

Aportes para um debate necessário

Autores

DOI:

https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.18195

Palavras-chave:

Teorias educacionais, Espaços educacionais inovadores, Educação integral

Resumo

Como espaços educacionais contribuem para experiências de aprendizagem que favoreçam o ingresso na cultura letrada e para o desenvolvimento de instrumentos de acesso ao saber elaborado e sistematizado? Na perspectiva de teorias educacionais democráticas, argumentamos a favor de uma concepção de inovação que requer ruptura com aspectos da cultura escolar estabelecida e reinterpretação constante das teorias e práticas educacionais. Defendemos que a escola brasileira necessita de mudanças estruturais de concepções, postulados e espaços, para que se vivenciem concepções de educação e desenvolvimento já preconizadas, mas impossibilitadas pelo engessamento das estruturas simbólicas e dos edifícios escolares.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Marili Moreira da Silva Vieira, Universidade Presbiteriana Mackenzie

Doutora em Educação: psicologia da Educação. Estágio pós-doutoral, Faculdade de Educação, USP. Professora Titular, PPG Educação, Arte e História da Cultura – Centro de Educação, Filosofia e Teologia.

Jaqueline Moll, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Professora Titular, Faculdade de Educação e Programa de Pós-Graduação em Educação e Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Porto Alegre – RS – Brasil e na Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões, Câmpus de Frederico Westphalen.

Eduardo Castedo Abrunhosa, Universidade Presbiteriana Mackenzie

Professor Adjunto, Centro de Educação, Filosofia e Teologia e Faculdade de Arquitetura e Urbanismo. Coordenador do Centro Histórico e Cultural Mackenzie.

Referências

AUSUBEL, D. P. Aquisição e Retenção de Conhecimentos: Uma Perspectiva Cognitiva. Lisboa: Plátano Edições Técnicas, 2000.

AZEVEDO, F. Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova (1932) e dos Educadores (1959). Recife: Fundação Joaquim Nabuco, Editora Massangana, 2010.

BRASIL. Ministério da Educação. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília, DF: MEC, 1996. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm. Acesso em: 30 maio 2023.

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria da Educação Básica. Programa Mais Educação, [S. l.], 2007. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/docman/junho-2011-pdf/8145-e-passo-a-passo-mais-educacao-pdf. Acesso em: 10 maio2023.

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, DF: MEC, SEB, 2018. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/. Acesso em: 10 maio 2023.

BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Resolução n. 2. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação Inicial de Professores para a Educação Básica e Base Nacional Comum para a Formação Inicial de Professores da Educação Básica. Brasília, DF: MEC, CNE, 2019. https://normativasconselhos.mec.gov.br/normativa/view/CNE_RES_CNECPN22019.pdf. Acesso em: 10 maio 2023.

CALDANA, V. L. São Paulo, Arquitetura e Educação. Disponível em: https://www.mackenzie.br/fileadmin/ARQUIVOS/Public/6-pos-graduacao/upm-higienopolis/mestrado-doutorado/arquitetura-urbanismo/6_Espa%C3%A7os_Educacionais_Inovadores_.pdf. Acesso em: 24 maio 2023.

DEWEY, J. Experiência e Educação. Tradução: Anísio Teixeira. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1976.

ESCOBAR, H. Sociedade Brasileira de Pediatria. Retorno Seguro nas Escolas. Escolas não deveriam abrir com os altos índices da covid-19, dizem pesquisadores. Jornal da USP, 2021. Disponível em: https://jornal.usp.br/ciencias/escolas-nao-deveriam-abrir-com-os-altos-indices-da-covid-19-dizem-pesquisadores/. Acesso em: 30 maio 2023.

ESCOLANO BENITO, A. A escola como cultura: experiência, memória e arqueologia. Campinas, SP: Alinea, 2017.

ESTEVES, C. M. Se essa rua fosse minha: relações da cidade com a educação na experiência paulistana. 2021. 267 f. Dissertação (Mestrado em Educação, Arte e História da Cultura) – Universidade Presbiteriana Mackenzie, São Paulo, 2021. Disponível em: https://dspace.mackenzie.br/handle/10899/28544. Acesso em: 23 jun. 2023.

FRANGELLA, R.; DIAS, R. Os sentidos de docência na BNCC: efeitos para o currículo da Educação Básica e da formação/atuação de professores. Educação Unisinos, São Leopoldo, 22, n. 1, jan./mar. 2018. 7-15. Disponível em: https://revistas.unisinos.br/index.php/educacao/article/view/edu.2018.221.01. Acesso em: 23 maio 2023.

FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 25. ed. São Paulo: Paz e Terra, 1996.

GALIAN, C. V. A.; SILVA, R. Apontamentos para uma avaliação de currículos no Brasil: a BNCC em questão. Estudos em Avaliação Educacional, São Paulo, v. 30, n. 74, p. 508-535, maio/ago. 2019. Disponível em: https://publicacoes.fcc.org.br/eae/article/view/5693. Acesso em: 23 jun. 2023.

GIOLO, J. Educação em tempo integral: resgatando elementos históricos e conceituais para o debate. In: MOLL, J. Caminhos da Educação Integral no Brasil: Direito a Outros Tempos e Espaços Educativos. [S. l.]: Penso, 2011. E-book.

MASCELLANI, M. N. Uma pedagogia para o trabalhador: o ensino vocacional como base para uma proposta pedagógica de capacitação profissional de trabalhadores desempregados (Programa Integrar CNM/CUT). 1999. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 1999

MOLL, J. Caminhos da Educação Integral no Brasil: Direito a Outros Tempos e Espaços Educativos. [S. l.]: Penso, 2011. E-book.

MONTOYA, A. O. D. Realidade, Conhecimento Físico e Conhecimento Social: Processos e Mecanismos Comuns de Construção. Schème, Marília, v. 5, n. esp. 40 a 64, 2013. Disponível em: https://revistas.marilia.unesp.br/index.php/scheme/article/view/3221. Acesso em: 30 fev. 2023.

MOREIRA, M. A.; MASINI, E. A. F. Aprendizagem significativa: a teoria de David Ausubel. São Paulo: Moraes, 1982.

NÓVOA, A. Professores: imagens do futuro presente. Lisboa: Educa, 2009.

NÓVOA, A. Devolver a formação de professores aos professores. Cadernos de Pesquisa em Educação, v. 18, n. 35, p. 11-22, jan./jun. 2021.

PACHECO, J. Inovar para mudar a escola. Porto: Porto Editora, 2019.

PIAGET, J. A equilibração das Estruturas Cognitivas-Problema Central do Desenvolvimento. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1976.

RIBEIRO, D. Educação como prioridade. São Paulo: Global, 2018.

RODRIGUES, L. Z.; PEREIRA, B.; MOHR, A. O Documento “Proposta para Base Nacional Comum da Formação de Professores da Educação Básica” (BNCFP): Dez Razões para Temer e Contestar a BNCFP1. Revista Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências, v. 20, jan./dez. 2019. Disponível em: https://periodicos.ufmg.br/index.php/rbpec/article/view/16205. Acesso em: 23 jun. 2023.

SACRISTÁN, G. O Currículo: uma reflexão sobre a prática. Porto Alegre, Artmed, 1998.

SANTOS, M. O espaço do cidadão. São Paulo: Ed. da USP, 2007. Disponível em: https://professor.ufrgs.br/dagnino/files/santos_milton_espaco_do_cidadao_2007.pdf. Acesso em: 30 abr.2023.

SILVA, C. A. P. Ambiente escolar: o currículo oculto maltratado. Revista Educação em Questão, v. 28, n. 14, p. 192-214, jan./jun. 2007. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/educacaoemquestao/article/view/4470/3661. Acesso em 02/06/2023.

TEIXEIRA, A. Valores proclamados e valores reais nas instituições escolares brasileiras. RBEP. Brasília, DF: MEC-Inep, 1983. p. 243-56. Disponível em: http://cremeja.org/a7/acervo-digital/colecao-educar/documentos/alfabetizacao-de-adultos/valores-proclamados-e-valores-reais-nas-instituicoes-escolares-brasileiras/. Acesso em: 30 maio 2023.

VALDEMARIN, V. T. Os sentidos e a experiência: professores, alunos e métodos de ensino. In: SAVIANI, D; ALMEIDA, J. S.; SOUZA, R. F.; VALDEMARIM, V. T. O legado educacional do Século XX no Brasil. Campinas, SP: Autores Associados, 2017.

VIEIRA, M.M. S.; GALIAN, C. V. A. Modelo de professor – atribuições identitárias em políticas articuladas à Base Nacional Comum Curricular. Educação & Linguagem, v. 25, n. 1 p.127-150, jan./jun. 2022. Disponível em: https://www.metodista.br/revistas/revistas-metodista/index.php/EL/article/view/1037360. Acesso em: 04 ago. 2023.

VIGOTSKI, L. S. A formação social da mente. 4. ed. Brasileira. São Paulo: Martins Fontes, 1991.

VIGOTSKI, L. S. Pensamento e linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 1987.

Publicado

29/02/2024

Como Citar

VIEIRA, M. M. da S.; MOLL, J.; ABRUNHOSA, E. C. O espaço educacional como materialização de concepções e princípios: Aportes para um debate necessário. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, p. e024029, 2024. DOI: 10.21723/riaee.v19i00.18195. Disponível em: https://periodicos.fclar.unesp.br/iberoamericana/article/view/18195. Acesso em: 23 nov. 2024.

Edição

Seção

Artigos teóricos