Crianças pequenas e consumo: que lugar a escola ocupa?
DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.v7i4.6293Resumo
O estudo histórico sobre a infância e suas relações com a sociedade revela que as expectativas e as preocupações com as crianças variam de acordo com as relações sociais, culturais e econômicas que se estabelecem nos diferentes movimentos da sociedade. Assim, o conceito de infância não é estável e, a cada época, corresponde ao discurso hegemônico. Na sociedade contemporânea predominam as relações de produção e de consumo, que permeiam as relações sociais. Com o desenvolvimento das chamadas infotelecomunicações, viabilizouse a globalização cultural. Nesse cenário surgem algumas questões: Como se dão as relações humanas e sociais – especialmente entre adultos e crianças – em espaços escolares e como se refletem nas práticas educacionais? E, principalmente, em um contexto mais amplo, que tem como centro a ideologia neoliberal: Em que situação os adultos/educadores estariam, enquanto sujeitos que podem sustentar/alterar o paradigma? Assim, o presente trabalho visou investigar como as relações presentes no mundo contemporâneo capitalista, repercutem nas práticas educacionais que envolvem crianças pequenas. Nesta perspectiva, o tema deste trabalho2 foi tratado sob um enfoque socio-histórico, ou seja, desconsidera a visão evolucionista de infância e criança. Para tanto, foram utilizados como procedimentos metodológicos a análise das informações trazidas por meio de registros de observação participativa e falas de professoras, colhidas por meio de entrevistas abertas. Recorreu-se, também, a fontes documentais das instituições, e ainda foram consideradas como fonte as conversas informais presenciadas no cotidiano das escolas estudadas.
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