As possibilidades da educação não formal nos MOOCs

Autores

  • Jeong Cir Deborah Zaduski
  • Klaus Schlünzen Junior
  • Danielle Aparecida do Nascimento dos Santos

DOI:

https://doi.org/10.21723/riaee.v12.n.esp.2.10293

Palavras-chave:

MOOCs. Educação Aberta. Aprendizagem ativa.

Resumo

Esse artigo expõe as possibilidades de aprendizagem em um ambiente não formal denominado Unesp Aberta, com cursos oferecidos no formato MOOC, em um espaço virtual aberto, gratuito e totalmente acessível, sem tutoria ou certificação, no qual a construção de conhecimentos é possível e observada a partir da interação entre cursistas. Para verificar a eficácia dessa hipótese, a pesquisa foi subdividida em três estudos: conhecer o perfil dos participantes nesses ambientes, identificando quem são e quais são suas necessidades; averiguar o grau de satisfação dos cursistas em relação ao curso, aos materiais propostos, às interações existentes e a sua percepção sobre a aprendizagem obtida e; identificar mecanismos de comunicação e interação entre aprendizes, tendo como base os fóruns de discussão e outros meios. A abordagem metodológica adotada foi a quanti-qualitativa, utilizando dois instrumentos: a observação não participante de três fóruns de discussão e um questionário semiestruturado enviado para todos os participantes dos cursos de ciências humanas. Foram analisados quantitativamente os 675 questionários considerados válidos, e, qualitativamente, com auxílio do software Iramuteq, as publicações feitas nos fóruns de discussão e as respostas dadas na pergunta aberta do questionário. O estudo proporcionou a identificação do perfil dos aprendizes, a compreensão de suas percepções em relação aos recursos educacionais disponibilizados e à estrutura geral dos cursos. Além disso, foi possível afirmar que foram encontrados indícios de aprendizagem no ambiente de educação não formal analisado.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

AUSUBEL, David Paul. Educational psychology: a cognitive view. New York, Holt, Rinehart and Winston, 1968.

COURSERA. American Council on Education to Evaluate Credit Equivalency for Coursera’s Online Courses. 2012. Disponível em: < https://blog.coursera.org/american-council-on-education-to-evaluate-credit/> Acesso em: 07 abr. 2017.

COURSERA. Information about the platform, history and numbers. 2016. Disponível em <https://about.coursera.org/>. Acesso em: 30 out. 2016

DEBISE, Cécile. L'école 42: l'école du futur ? Disponível em: <http://www.journaldunet.com/solutions/emploi-rh/reportage-a-l-ecole-42/une-selection-draconienne.shtml>. Acesso em: 15 jan. 2017.

DELORS, Jacques. Educação: um tesouro a descobrir. In: Relatório para a UNESCO da Comissão Internacional sobre educação para o século XXI. 2. ed. São Paulo: Cortez: Brasília-DF. MEC: UNESCO, 1999.

GOHN, Maria da Glória. Educação não-formal na pedagogia social.. In: I Congresso Internacional de Pedagogia Social, 1, 2006, . Proceedings online... Faculdade de Educação, Universidade de São Paulo, Disponível em: <http://www.proceedings.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=MSC0000000092006000100034&lng=en&nrm=abn>. Acesso em: 14 jan. 2017.

GOHN, Maria da Glória. Educação não formal: campos de atuação, de Ligia de Carvalho Abões Vercelli (Org.) Jundiaí: Paco, 2013.

HAGUETTE, Teresa Maria Frota. Metodologias qualitativas na sociologia. 3ª ed. Petrópolis: Vozes, 1992.

KOLLER, Daphne. Education, coursera and moocs. Interview with Russ Roberts at the Econtalk, 2014. Disponível em: <http://www.econtalk.org/archives/2014/08/daphne_koller_o.html>. Acesso em: 10 jul. 2016.

LÉVY, Pierre. A inteligência coletiva: por uma antropologia do ciberespaço. 3a edição. São Paulo: Edições Loyola, 2000.

MALHOTRA, Naresh K. Pesquisa de marketing: uma orientação aplicada. 3. ed. Porto Alegre: Bookman, 2001.

MASLOW, Abraham Harold. A preface to motivation theory. Psychosomatic Med., 1943, 5, 85-92.

MATURANA, R. Humberto.; VARELA, Francisco J. A árvore do conhecimento: as bases biológicas do entendimento humano. Campinas: Editorial Psy II, 1995.

MITRA, Sugata. O Furo na parede: sistemas auto-organizados em educação. 1ª edição. São Paulo: Editora Senac, 2008.

MORAN, José Manoel. Educação que desejamos: novos desafios e como chegar lá. Livro eletrônico. Campinas, SP: Papirus, 2013.

OLIVEIRA, Clara Costa. O movimento da auto-organização e seus contributos para a educação. Revista Reflexão e Ação, Santa Cruz do Sul, v. 21, n. 2, p. 335-350, jul./dez. 2013. Disponível em: <http://online.unisc.br/seer/index.php/reflex>. Acesso em: 22 dez. 2016.

PALLOFF, Rena.; PRATT, Keith. Building online learning communities: Effective strategies for the virtual classroom. San Francisco: Jossey-Bass, 2007.

PALLOFF, Rena.; PRATT, Keith. Construindo comunidades de aprendizagem no ciberespaço: estratégias eficientes para a sala de aula on-line. Porto Alegre: Artmed, 2002.

RICHARDSON, Roberto Jarry. et al. Pesquisa Social: métodos e técnicas. São Paulo: Atlas, 1999.

SCHLÜNZEN, Elisa Tomoe Moriya. Abordagem construcionista, contextualizada e significativa: formação, extensão e pesquisa em uma perspectiva inclusiva. Tese de livre docência apresentada na disciplina Formação de Professores para uma Escola Digital e Inclusiva da Unesp. São Paulo, 2015.

TRIVINOS, Augusto Nibaldo Silva. Introdução a pesquisa em ciências sociais: a pesquisa qualitativa em educação. São Paulo (SP): Atlas, 1994.

VALENTE, José Armando. Blended Learning e as mudanças no ensino superior: a proposta da sala de aula invertida. Educar em Revista (Impresso), v. Especial 4, p. 79-97, 2014.

VYGOTSKY, Lev Semyonovich. Storia dello sviluppo delle funzioni psichiche superiori. Firenze: Giunti Barbera, 1974.

Downloads

Publicado

23/08/2017

Como Citar

ZADUSKI, J. C. D.; SCHLÜNZEN JUNIOR, K.; NASCIMENTO DOS SANTOS, D. A. do. As possibilidades da educação não formal nos MOOCs. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 12, n. esp.2, p. 1243–1266, 2017. DOI: 10.21723/riaee.v12.n.esp.2.10293. Disponível em: https://periodicos.fclar.unesp.br/iberoamericana/article/view/10293. Acesso em: 16 abr. 2024.