Educações no contexto das bandas de pífanos e do Candomblé

Autores

DOI:

https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.16764

Palavras-chave:

Bande de pífanos, Candomblé, Decolonialidade, Educação

Resumo

Este trabalho objetiva discutir as práticas educativas no contexto das bandas de pífanos e do candomblé. O tema vincula-se às pesquisas que ora desenvolvemos no curso de doutorado em educação da Universidade Federal de Sergipe. Esta escrita toma como referências as narrativas do pifeiro Vanildo Franco e do babalorixá Walter Ti’Ogun, partindo do entendimento de que não é somente na escola que se apreende, pois concordamos que a educação acontece também fora dela. Trata-se de um trabalho de abordagem qualitativa, com o suporte da história oral por meio de entrevistas semiestruturadas. A discussão realizada está referenciada em estudos decoloniais, numa perspectiva crítica que encanta e liberta. Como resultados, percebemos que nos processos educativos analisados a curiosidade, a observação, a repetição, a brincadeira e o afeto são as principais categorias que promovem encantamento nos pifeiros e nos candomblecistas.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Elinaldo Menezes Braga, Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), Cajazeiras – PB – Brasil

Professor do Curso de Letras Língua Inglesa. Doutorando em Educação (UFS).

Belijane Marques Feitosa, Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), Cajazeiras – PB – Brasil

Professora Adjunta IV. Mestrado em Educação (UFPB).

Marizete Lucini, Universidade Federal de Sergipe (UFS), São Cristóvão – SE – Brasil

Professora do Departamento de Educação. Doutorado em Educação (UNICAMP).

Alfrancio Ferreira Dias, Universidade Federal de Sergipe (UFS), São Cristóvão – SE – Brasil

Professor Adjunto II do Departamento de Educação. Doutorado em Sociologia (UFS).

Referências

ARROYO. A escola e o movimento social: relativizando a escola. Revista da Associação Nacional da Educação, São Paulo, ano 06, n. 12, p. 15-20, 1987.

BRANDÃO, C. R. Educação popular. São Paulo: Brasiliense, 1984.

BRANDÃO, C. R. O que é educação. Coleção Primeiros Passos. São Paulo: Brasiliense, 2013.

BRAGA, E. M.; LUCINI, M. Práticas educativas e ressignificações dos saberes e fazeres das Bandas Cabaçais rurais: Ações decoloniais no contexto musical urbano/contemporâneo. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 16, n. 4, p. 2852-2871, out./dez. 2021. Disponível em: https://periodicos.fclar.unesp.br/iberoamericana/article/view/15685. Acesso em: 13 dez. 2021.

CAPUTO, S. G. Educação nos Terreiros: E como a escola se relaciona com crianças de candomblé. Rio de Janeiro: Pallas, 2012.

CAPUTO, S. G. Aprendendo yorubá nas redes educativas dos terreiros: História, culturas africanas e enfrentamento da intolerância nas escolas. Revista Brasileira de Educação, v. 20, n. 62, p. 773-793, 2015. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rbedu/a/C6ZT46YkW56G7vwP3HzGF4n/abstract/?lang=pt. Acesso em: 05 ago. 2021.

FEITOSA, B. M. Agô Yunifásíti: The contributions of Candomblé to teacher training in a decolonial perspective. Journal of Research and Knowledge Spreading, v. 2, n. 1, e12431, 2021. Disponível em: https://www.seer.ufal.br/index.php/jrks/article/view/12431. Acesso em: 15 ago 2021.

FRANCO, F. V. C. Vanildo Franco: depoimento, jan. 2022. Entrevistador: Elinaldo Menezes Braga: UFS, 2021.

FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: Saberes necessários à prática educativa. 60. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2019.

FREIRE, P. Educação como Prática da Liberdade. 48. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2020.

FREIRE, P. Pedagogia da Esperança: Um reencontro com a pedagogia do oprimido. 28. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2021.

GOMES, N. R. M.; PEREIRA, E. A. Mundo Encaixado: Significação da cultura popular. Juiz de Fora: Edições Mazza; UFJF, 1992.

HOOKS, B. Tudo sobre o amor: Novas perspectivas. São Paulo: Elefante, 2020.

ILLICH, I. Sociedade sem Escolas. Petrópolis, RJ: Vozes, 1985.

MORAES JÚNIOR, H.; OLIVEIRA, I. A. Talk between Dussel and Forner-Betancourt: Dialogue between philosophical knowledge, interculturality and indigenous school education. Revista Tempos e Espaços em Educação, v. 14, n. 33, e15642, 2021. Disponível em: https://seer.ufs.br/index.php/revtee/article/view/15642. Acesso em: 09 jul. 2021.

SANTOS, M. S. A. Meu tempo é agora. Bahia: Assembleia Legislativa do Estado da Bahia, 2010.

SANTOS, M. H. S. R.; RIOS, J. A. V. P. Education and cultural differences: Boundary educational practices in basic education. Revista Tempos e Espaços em Educação, v. 14, n. 33, e13670, 2021. Disponível em: https://seer.ufs.br/index.php/revtee/article/view/13670. Acesso em: 19 jun. 2021.

SANTANA, L. M.; LUCINI, M. Tessitura do conceito de liberdade nas teorias educacionais de John Dewey e Paulo Freire. Revista Tempos e Espaços em Educação, v. 11, n. 1, p. 305-318, 2019. Disponível em: https://seer.ufs.br/index.php/revtee/article/view/9646. Acesso em: 13 jul. 2021.

SILVA, V. G. Candomblé e Umbanda: Caminhos da devoção brasileira. São Paulo: Selo Negro, 2005.

SOUZA. W. N. Babalorixá Walter Ti’Ogun: depoimento, jan. 2022. Entrevistadora: Belijane Marque Feitosa: UFS, 2022.

RUFINO, L. Vence-Demanda: Educação e descolonização. 1. ed. Rio de Janeiro: Mórula, 2021.

Publicado

01/07/2022

Como Citar

BRAGA, E. M.; FEITOSA, B. M.; LUCINI, M.; DIAS, A. F. Educações no contexto das bandas de pífanos e do Candomblé. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1926–1942, 2022. DOI: 10.21723/riaee.v17i3.16764. Disponível em: https://periodicos.fclar.unesp.br/iberoamericana/article/view/16764. Acesso em: 28 mar. 2024.

Edição

Seção

Relatos de Pesquisas