Chamada Dossiê: Educação Ambiental e crise climática - Alteração da data de submissão para até 30/08/2023

19/05/2023

Ementa:

Este dossiê busca reunir trabalhos teóricos e práticos que enderecem uma discussão de como a Educação Ambiental pode contribuir para o enfrentamento da crise climática planetária. Serão bem-vindos estudos que associem problemas ambientais com o campo da Educação Ambiental em sua diversidade de práticas e perspectivas teóricas, em espaços de ensino escolares e não escolares, em todos os níveis, do ensino infantil ao ensino superior.

Dentre os temas que podem contribuir ao dossiê, podemos destacar: Educação Ambiental e povos originários; Educação Ambiental e políticas ambientais; Educação Ambiental e Tecnologia; Educação Ambiental e tomada de decisões; Educação Ambiental e insegurança alimentar, garimpo, agropecuária, desmatamento, resíduos, poluição, tratamento de esgoto, entre outros.

A crise ambiental enfrentada atualmente ameaça de forma severa a existência da vida como conhecemos atualmente. Urgem ações imediatas para transformar o cenário de mudanças climáticas construído pela humanidade a partir da industrialização e exploração da natureza nos últimos anos, cada vez mais irreversível.

Esta preocupação é sinalizada em diversos dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da ONU e tem sido pauta das Conferências das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP27).

Tal enfrentamento exige um esforço coletivo de todos os setores da sociedade, o que representa um desafio, tendo em vista a diversidade de interesses econômicos e políticos que, frequentemente, contrapõem-se ao objetivo de buscar soluções para os problemas ambientais. A complexidade deste cenário é de nível mundial: todas as nações do mundo compartilham esta responsabilidade e devem conciliar suas disputas internas, principalmente aquelas que envolvem áreas de relevância ambiental em que há interesse econômico.

Soma-se à complexidade deste problema, o desenvolvimento e implementação de tecnologias altamente específicas e sofisticadas, cuja compreensão exige um nível profundo de conhecimento, o que pode limitar a tomada de decisão em dilemas tecnológicos apenas a especialistas. Além disso, este grau de sofisticação pode impedir que os cidadãos percebam os riscos produzidos por determinado modelo tecnológico em seus aspectos culturais, ambientais e econômicos.

A Educação Ambiental, área de conhecimento diversa e um campo de disputa de interesses, pode contribuir com diversas perspectivas práticas, teóricas e axiológicas para o enfrentamento desta crise ambiental planetária. As práticas deste campo ora afloram em tendências mais hegemônicas, reforçando os paradigmas de exploração e catástrofe com roupagem de “sustentabilidade”, ora afloram com teor de resistência e questionamento de estruturas sociais, econômicas e políticas, direcionado as práticas para a busca de soluções e consensos compatíveis com a conservação da biodiversidade e qualidade de vida para todos por meio do enfrentamento da desigualdade.

Desta forma, espera-se que os estudos produzidos possam contribuir com reflexões teórico-metodológicas e direcionamentos práticos para criar condições para o enfrentamento de problemas ambientais de níveis local e global em diversos contextos por meio da Educação Ambiental.

 

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