Filé e mocotó: pedagogias dos corpos e homossexualidades no Scruff
DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.v14i3.11907Palavras-chave:
Educação e sexualidade, Tecnologia educacional, Scruff, Pedagogias culturais, Pedagogia dos corpos e homossexualidades.Resumo
O objetivo do artigo é analisar pedagogias dos corpos e das homossexualidades produzidas por gays usuários do Scruff, ambiência digital especializada em socialização homoafetiva. O Argumento central é que esse software é um artefato cultural contemporâneo que produz pedagogias para os corpos e as homossexualidades. A metodologia utilizada foi qualitativa, de caráter descritivo e analítico. Os sujeitos foram escolhidos através da observação não participante e os dados construídos por entrevistas semiestruturadas foram analisados a partir da análise de conteúdo. Os resultados apontam que a mercantilização dos corpos constrói pedagogias culturais que privilegiam a visibilidade de homossexualidades viris na quais o músculo corporal ganha status de filé. Na contramão, os corpos que transgredem aos ideais dessas pedagogias culturais são percebidos como mocotó. O estudo conclui que as pedagogias dos corpos e homossexualidades promovidas no Scruff incitam a compreensão das homossexualidades como produtos de relações assimétricas de poder.
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