Jogos de poder e profissionalização docente: discutindo as subjetividades do feminino na sala de aula

Autores

DOI:

https://doi.org/10.21723/riaee.v14iesp.2.12606

Palavras-chave:

História da educação, Profissionalização docente, Gênero, Michel Foucault.

Resumo

O presente texto discute as subjetividades do feminino na educação, refletindo a questão histórica a qual coloca a mulher como mais habilitada para a docência que os homens. O texto busca desconstruir o discurso naturalizador referente ao fazer docente, mediante o uso de referencial bibliográfico desde o período imperial brasileiro tendo as questões de gênero, de relações de poder e produção de verdades por via de discursos naturalizadores, como temas centrais discutidos sob a óptica de Michel Foucault. Percebe-se ao longo do texto que as salas de aula, atuais, são ocupadas por maioria de mulheres devido a fatores históricos, por questões de interesse e subjugação no terreno das relações, carregados de sentido sobre os gêneros feminino e as imposições que lhes foram feitas, também o masculino e a negação feita a eles, quando desqualificados para o trabalho docente de forma tão enfática, edificada e solidificada no correr da história. Fatos que perduram até hoje, como os baixos salários e precárias condições de trabalho, continuaram dando à educação o perfil de sacerdócio, amor e maternidade. Diferenças e ambiguidades historicamente postas e que hoje reconhecemos como desnecessárias; assim o presente texto provoca a desconstrução do fazer docente como prática naturalizada, em meio ao entendimento de diferentes discursos e práticas impostas historicamente, essas que acabaram seduzidas e reduzidas ao modelo de professoras ideais.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Welson B. Santos, Universidade Federal de Goiás (UFG), Goiânia – GO

Professor Adjunto. Graduado em Ciências Exatas e Naturais pela Universidade de Uberaba (UNIUBE) e em Pedagogia pelo ICSH. Pós-Doutor em Educação escolar pela UNESP, Doutor em Educação pela Universidade Federal de São Carlos – (UFSCar), Mestre em Educação Pela UFU. Coordenador de Pesquisa da UAECH – UFG e Coordenador do Grupo de pesquisa Educação no Cerrado e Cidadania - GPECC.

Wender Faleiro, Universidade Federal de Goiás (UFG), Goiânia – GO

Docente do Programa de Pós-Graduação em Educação. Doutor em Educação pela Universidade Federal de Uberlândia, Professor Adjunto da Universidade Federal de Goiás. Líder do Grupo de Estudos, Pesquisa e Extensão em Ensino de Ciências e Formação de Professores – GEPEEC.

Higor Júnior de Oliveira, Universidade Federal de Goiás (UFG), Goiânia – GO

Graduado de Licenciatura em Educação do Campo. Aluno de iniciação científica e participante do projeto de pesquisa O Gênero e a sexualidade na discussão: reconhecendo as diferenças para o melhor viver. Integra o Grupo de Pesquisa Educação no Cerrado e Cidadania – GPECC.

Referências

NUNES, Silvia Alexim. O corpo do diabo entre a cruz e a caldeirinha: um estudo sobre a mulher, o masoquismo e a feminilidade. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2000.

Publicado

01/06/2019

Como Citar

SANTOS, W. B.; FALEIRO, W.; OLIVEIRA, H. J. de. Jogos de poder e profissionalização docente: discutindo as subjetividades do feminino na sala de aula. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 14, n. esp.2, p. 1375–1394, 2019. DOI: 10.21723/riaee.v14iesp.2.12606. Disponível em: https://periodicos.fclar.unesp.br/iberoamericana/article/view/12606. Acesso em: 7 out. 2024.