A alfabetização Matemática e as práticas de numeramento na Comunidade Quilombola de São Félix: a pedagogia crítica e o currículo em ação
DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp3.14442Palavras-chave:
Alfabetização matemática, Currículo, Numeramento, Educação quilombola, Pedagogia críticaResumo
Os saberes-fazeres matemáticos difundidos pelos moradores de comunidades quilombolas são contemplados nas práticas didático-pedagógicas, cotidianamente executadas em sala de aula? Como as diretrizes curriculares, que orientam os conteúdos escolares na Educação Básica, contemplam esses saberes? Essas questões, dentre outras, compõem uma pesquisa realizada de 2016 a 2018 em uma comunidade quilombola em Minas Gerais, apresentando, como objetivo principal, as práticas de Numeramento propostas aos estudantes em processo de alfabetização. Sob a luz de Paulo Freire e Ubiratan D’Ambrosio, a pesquisa adentra discussões marcadas pelas políticas públicas educacionais e a garantia de direitos que assegurem, aos estudantes pesquisados, a inclusão da diversidade nas práticas escolares, bem como uma educação de qualidade que prime pela manutenção e difusão da história e cultura local. Utilizando um aporte metodológico de caráter qualitativo, a pesquisa utiliza o círculo de cultura freireano como espaço de vivência dialógica, além de buscar reforço em instrumentos etnográficos, assegurando a fidedignidade das informações e dados coletados. Os resultados indicam a necessidade de práticas pedagógicas de resistência, com vista à revolução conceitual e práxis que, de fato, considerem a relação sujeito e objeto da aprendizagem.
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