As contribuições da Tecnologia Assistiva Dosvox para professores em formação inicial: intermediando práticas tecnológicas inclusivas

Autores

DOI:

https://doi.org/10.21723/riaee.v16iesp.4.15600

Palavras-chave:

Formação inicial de professores, Tecnologia Assistiva Dosvox, Deficiência visual, Inclusão, Ensino superior

Resumo

O estudo tem como objetivo contribuir com a formação inicial de professores de um curso de Pedagogia por meio da Tecnologia Assistiva – Dosvox, tendo em vista a concepção de ensino e aprendizagem inclusiva para estudantes com deficiência visual. Utilizou-se da abordagem qualitativa de natureza aplicada, tendo como estratégia de pesquisa o estudo de caso. Foi realizado em uma Instituição Pública de ensino Superior, localizada no interior do estado do Paraná, e, traz como participantes vinte e cinco professores em formação inicial de um curso de Pedagogia e um professor cego. Os instrumentos utilizados para a análise dos dados foram: gravações em áudio e vídeo, fotos e intervenção prática sobre o uso da Tecnologia Assistiva – Dosvox. Os dados foram analisados a partir da teoria Histórico-Cultural. Os resultados revelam que as intervenções realizadas pelo professor cego aos professores em formação inicial de um curso de Pedagogia contribuíram com a aquisição de novas concepções sobre o processo de ensino e aprendizagem inclusivo da Tecnologia Assistiva – Dosvox, possibilitando aos professores reconhecerem-se e autoavaliarem-se pedagogicamente no processo de ensino inclusivo às pessoas com deficiência visual, dentre eles, no modo de ensinar e aprender com um professor cego.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Eliziane de Fátima Alvaristo, Universidade Estadual do Centro-Oeste (UNICENTRO), Guarapuava – PR

Professora do Departamento de Pedagogia, Professora no Centro de Atendimento Especializado na área de deficiência visual (CAEE) e Professora de Sala de Recursos Multifuncionais - SEMEC. Doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Educação (UNICENTRO).

Jamile Santinello, Universidade Estadual do Centro-Oeste (UNICENTRO), Guarapuava – PR

Professora no Programa de Pós-Graduação em Educação e no Departamento de Pedagogia. Doutorado em Comunicação (UFRJ).

Referências

ALVARISTO, E. F. Uma ferramenta para elaboração de conceitos matemáticos para estudantes com deficiência visual: gráfico em pizza adaptado. 2019. 103 f. Dissertação (Mestrado em Ensino de Ciência e Tecnologia) – Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Ponta Grossa, 2019.

ALVES, F. C. C. et al. Assistive technology applied to education of students with visual impairment. Pan American Journal of Public Health, Washington, p. 148-152, 2009.

BORGES, J. A. Do Braille ao Dosvox - Diferenças nas vidas dos cegos brasileiros. 2009. 343 f. Tese (Doutorado em Engenharias de sistemas e computação) – Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro. 2009.

BORGES. J. A. Projeto Dedinho – DOSVOX: Uma nova realidade educacional para Deficientes Visuais. Rio de Janeiro, 2002. Disponível em: http://intervox.nce.ufrj.br/dosvox/textos/artfoz.doc. Acesso em: 17 maio 2019.

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil 1988. Brasília, DF, 1988. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Acesso em: 10 maio 2021.

BRASIL. Estatuto da Pessoa com Deficiência. Legislação Brasileira de Inclusão da pessoa com deficiência. Brasília, DF: Estatuto da Pessoa com Deficiência, 2015. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato20152018/2015/lei/l13146.htm. Acesso em: 19 fev. 2019.

BRASIL. Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional, 1996. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm. Acesso em: 15 jan. 2019.

BRASIL. Ministério da Educação. Declaração de Salamanca e Princípios, Políticas e Práticas na Área das Necessidades Educativas Especiais. Brasília, DF: MEC, 1994.

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Diretrizes nacionais para educação especial na educação básica. Brasília, DF: MEC; SEESP, 2001.

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. Brasília, DF: MEC/SEESP, 2008. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/politicaeducespecial.pdf. Acesso em: 12 jan. 2019.

BRASIL. Saberes e Práticas da Inclusão. Estratégias para a educação de alunos com necessidades educacionais especiais. Brasília: MEC/SEF/SEESP. 2003. Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/me000428.pdf. Acesso em: 10 out. 2019.

DIAS, A.; FRANÇA, J.; BORGES, A. Jogavox: uma abordagem de aprendizagem colaborativa com pessoas deficientes visuais. Rio de Janeiro: NCE, UFRJ, 2014. 14 p.

DORZIAT, A. O profissional da inclusão escolar. Cadernos de Pesquisa, São Paulo, v. 43, n. 150, 2014. p. 986-1003, set./ dez.

GALVÃO FILHO. T. A. Tecnologia Assistiva para uma Escola Inclusiva: Apropriação, Demandas e Perspectivas. 2009. 346 f. Tese (Doutorado) – Universidade Federal da Bahia, 2009. Disponível em: https://repositorio.ufba.br/ri/bitstream/ri/10563/1/Tese%20Teofilo%20Galvao.pdf. Acesso em: 10 ago. 2019.

GERHARDT, E. T; SILVEIRA, T. D. Métodos de pesquisa: planejamento e gestão para o desenvolvimento rural da SEAD/UFRGS. 2009. Porto Alegre, RS: Ed. da UFRGS.

KASSAR, M. C. M. Educação especial na perspectiva da educação inclusiva: desafios da implantação de uma política nacional, 2011. Educar em Revista, v. 41, n. 1, p. 61-79.

LÜDKE, M.; ANDRÉ, M. E. D. A. Pesquisa em educação: abordagens qualitativas. São Paulo: EPU, 1986.

MAZZILLO, B. I. Dosvox o que você deseja? Rio de Janeiro: Universidade Federal do Rio de Janeiro. 2010.

MORAN, J. M. A contribuição das tecnologias na educação. São Paulo. Papirus, 2013.

NUNES, S. LOMÔNACO, J. F. B. O aluno cego: preconceitos e potencialidades. Rev. Semestral da Associação Brasileira de Psicologia Escolar e Educacional, v. 14, n. 1, p. 55-64, 2010.

PADILHA, L. M. A.; OLIVEIRA, M. I. Conhecimento, trabalho docente e escola inclusiva. Journal of Research in Special Educational Needs, v. 16, n. 1, p. 318-322, 2016. Disponível em: https://onlinelibrary.wiley.com/doi/epdf/10.1111/1471-3802.12294. Acesso em: 15 maio 2019.

PRAIS, S. L. J.; ROSA, F. V. A formação de professores para a inclusão tratada na revista brasileira de educação especial: uma análise. Rev. Educação Especial, v. 30, n. 57, p. 129-144, jan./abr. 2017.

SÁ, D. E.; CAMPOS, M. I.; SILVA, C. B. M. Atendimento educacional especializado: deficiência visual. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial, 2007.

SILVA, R. C. S. et al. Cegueira adquirida: implicações sociais, culturais e educacionais. Rev. Tecné, Episteme y Didaxis, 2018. Disponível em: https://revistas.pedagogica.edu.co/index.php/TED/article/view/9066. Acesso em: 10 jun.2019.

SONZA, P. A.; SANTAROSA, C. M. L. Ambientes Digitais Virtuais: Acessibilidade aos Deficientes Visuais. Rev. Novas Tecnologias da Educação, 2003. Disponível em:http://seer.ufrgs.br/renote/article/viewFile/13637/7715. Acesso em: 09 ago. 2019.

VYGOTSKY, L. S. Fundamentos de defectología. In: Obras escolhidas. Moscú: Editorial Pedagógica, 1997.

VYGOTSKY, L. S. Pensamento e Linguagem. 3. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1991.

Publicado

30/12/2021

Como Citar

ALVARISTO, E. de F.; SANTINELLO, J. As contribuições da Tecnologia Assistiva Dosvox para professores em formação inicial: intermediando práticas tecnológicas inclusivas . Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 16, n. esp.4, p. 3086–3105, 2021. DOI: 10.21723/riaee.v16iesp.4.15600. Disponível em: https://periodicos.fclar.unesp.br/iberoamericana/article/view/15600. Acesso em: 12 nov. 2024.