Movimento maker e perspectivas sobre o Programa Mais Ciência na Escola
Palavras-chave:
Movimento maker, Epistemologias do Sul, Inclusão Social, Educação Transformadora, InovaçãoResumo
Este artigo avalia o recentemente publicado edital do “Programa Mais Ciência na Escola” como um componente significativo do movimento maker no contexto do Sul Global, explorando se ele representa uma oportunidade para inovar nas práticas educacionais ou se perpetua as estruturas de poder existentes. A análise se centra na estrutura e nos objetivos do edital, que propõe a criação de mil laboratórios makers em escolas públicas brasileiras. Confrontando as visões de Dale Dougherty, que promove uma “sociedade de criadores”, com as críticas de Paulo Blikstein, que enfatiza a necessidade de contextualizar as práticas maker, o artigo discute como o edital procura adaptar estas práticas às realidades socioeconômicas do Brasil. A conclusão propõe que a eficácia desta iniciativa em promover uma mudança educacional significativa dependerá de sua capacidade de se adaptar e responder aos desafios e nuances locais, enfatizando uma abordagem que seja tanto transformadora quanto inclusiva.
https://doi.org/10.21723/riaee.v20i00.1964801
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