Silêncio! Não desperte os inocentes: sexualidade, gênero e educação sexual a partir da concepção de educadores
DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.v10i6.8330Resumo
A escola é um espaço permeado pela sexualidade. Contudo, vários estudos constatam dificuldades para lidar com o tema no cotidiano escolar. A educação sexual também é tema de debates e polêmicas envolvendo a equipe escolar, pais e pesquisadores. Este artigo propõe discutir as concepções de sexualidade e gênero de educadores de uma escola pública do interior de São Paulo. Nesta pesquisa utilizou-se uma abordagem qualitativa. Os instrumentos de coleta de dados foram: observação participante e grupos temáticos com educadores. Os dados foram sistematicamente registrados em diário de campo e foram analisados pelo método de análise de conteúdos. Constatou-se que os educadores não se sentem preparados e nem desejam trabalhar com o tema. Atribuem à família a responsabilidade da educação sexual. Compreendem que a adolescência é a faixa etária correta para que a sexualidade desperte. Entendem que as crianças são inocentes porque não se interessam por sexo. Salienta-se a redução da sexualidade ao sexo e da reprodução dos padrões heteronormativos. Portanto, todos os alunos que não se enquadram nos padrões esperados são vistos como anormais. A principal causa atribuída à “anormalidade” desses estudantes é a configuração familiar em que os mesmos estão inseridos.Downloads
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