Quantos sujeitos devem participar da pesquisa? O sujeito reivindicativo como possibilidade na pesquisa em educação

Autores

DOI:

https://doi.org/10.21723/riaee.v16i4.14586

Palavras-chave:

Sujeito reivindicativo, Pesquisa democrática, Metodologia de pesquisa

Resumo

Este texto tem como objetivo apresentar um importante componente a compor o método das pesquisas qualitativas em educação: o sujeito reivindicativo. Ao planejar a estrutura de uma pesquisa, os pesquisadores podem ter dúvidas quanto à definição do número adequado de sujeitos participantes. O sujeito reivindicativo na pesquisa em educação faz um movimento diferente do que tradicionalmente se faz. Ao invés do pesquisador solicitar, é o sujeito que reivindica a participação na pesquisa. É apontado que a relação pesquisador-sujeito e sujeito-pesquisador precisa de maiores aprofundamentos, e que os pesquisadores em educação precisam ter como pressuposto a possibilidade de se depararem com outros sujeitos no campo de pesquisa, que podem trazer importantes contribuições para seus estudos.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Otavio Henrique Ferreira da Silva, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Belo Horizonte – MG

Doutorando no programa de Pós-Graduação em Educação.

Ademilson de Sousa Soares, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Belo Horizonte

Professor da Faculdade de Educação. Doutorado em Educação (UFMG).

Referências

BOBBIO, N. O futuro da democracia: uma defesa das regras do jogo. Trad. Marco Aurélio Nogueira. 6. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1986. 171 p.

BRANDÃO, C. R.; BORGES, M. C. A pesquisa participante: um momento da educação popular. Revista de Educação Popular, Uberlândia, v. 6, p. 51-62, jan./dez. 2007. Disponível em: http://www.seer.ufu.br/index.php/reveducpop/article/view/19988. Acesso em: 22 jul. 2020.

BRASIL. Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Saúde. Resolução n. 196, de 10 de outubro de 1996. Aprova as diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres humanos. Brasília, DF, 16 out. 1996. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/cns/1996/res0196_10_10_1996.html. Acesso em: 22 jul. 2020.

BRASIL. Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Saúde. Resolução n. 466, de 12 de dezembro de 2012. Aprova diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres humanos. Brasília, DF, 12 dez. 2012. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/cns/2013/res0466_12_12_2012.html. Acesso em: 22 jul. 2020.

BRASIL. Conselho Nacional de Saúde. Resolução n. 466, de 12 de dezembro de 2012. Brasília, DF, 2012. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/cns/2013/res0466_12_12_2012.html. Acesso em: 22 jul. 2020.

BRASIL. Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Saúde. Resolução n. 510, de 7 de abril de 2016. Trata sobre as diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisa em ciências humanas e sociais. Brasília, DF, 24 maio 2016. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/cns/2016/res0510_07_04_2016.html. Acesso em: 22 jul. 2020.

COSTA, F. A.; PRADO, M. A. M. Artimanhas da hegemonia: obstáculos à radicalização da democracia no Brasil. Psicologia & Sociedade, v. 29, e152680, 2017. DOI: 10.1590/1807-0310/2017v29152680

FLICK, U. Introdução à pesquisa qualitativa. Trad. Joice Elias Costa. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2009. 405 p.

GARCIA, R. L. Para quem investigamos – para quem escrevemos: reflexões sobre a responsabilidade social do pesquisador. In: MOREIRA, A. F. et al. Para quem pesquisamos, para quem escrevemos: o impasse dos intelectuais. 2. ed. São Paulo: Cortez, 2003.

KINCHELOE, J. L.; BERRY, K. S. Pesquisa em educação: conceituando a bricolagem. Trad. Roberto Cataldo Costa. Porto Alegre: Artmed, 2007. 208 p.

KRAMER, S. Autoria e autorização: questões éticas na pesquisa com crianças. Cadernos de Pesquisa, São Paulo, n. 116, p. 51-49, jul. 2002. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/cp/n116/14398.pdf. Acesso em: 22 jul. 2020.

LOMBARDI, A. R. Construção da Comunidade Escolar: contribuições da Pedagogia do Sujeito Coletivo. 2013. 148 f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade da Cidade de São Paulo, São Paulo, 2013.

MEYER, D. E.; PARAÍSO, M. A. Metodologias de pesquisas pós-críticas ou Sobre como fazemos nossas investigações. In: MEYER, D. E.; PARAÍSO, M. A. (org.). Metodologias de pesquisas pós-críticas em educação. Belo Horizonte: Mazza Edições, 2012. 308 p.

MINAYO, M. C. S. Ciência, técnica e arte: o desafio da pesquisa social. In: MINAYO, M. C. S. Pesquisa Social: teoria, método e criatividade. Rio de Janeiro: Vozes, 1994.

PARAÍSO, M. A. Metodologias de pesquisas pós-críticas em educação e currículo: trajetórias, pressupostos, procedimentos e estratégias analíticas. In: MEYER, D. E.; PARAÍSO, M. A. (org.). Metodologias de pesquisas pós-críticas em educação. Belo Horizonte: Mazza Edições, 2012. 308 p.

SILVA, O. H. F. Comunidade Escolar: políticas públicas e participação. Unifreire, São Paulo, n. 3, dez. 2015. Disponível em: http://www.paulofreire.org/images/pdfs/revista_unifreire_3.pdf. Acesso em: 22 jul. 2020.

TEIXEIRA, B. B. Comunidade escolar. In: OLIVEIRA, D. A.; DUARTE, A. M. C.; VIEIRA, L. M. F. Dicionário: trabalho, profissão e condição docente. 2010. Disponível em:http://www.gestrado.org/pdf/374.pdf. Acesso em: 27 ago. 2014.

TEIXEIRA, I. A. C.; PÁDUA K. C. Virtualidades e Alcances da Entrevista Narrativa. In: CONGRESSO INTERNACIONAL SOBRE PESQUISA (AUTO) BIOGRÁFICA, 2., Salvador. Anais [...]. Salvador, 2006. CD-ROM.

WELLER, W. Grupos de discussão: aportes teóricos e metodológicos. In: WELLER, W.; PFAFF, N. (org.). Metodologias da pesquisa qualitativa em educação. 3. ed. Rio de Janeiro: Vozes, 2013. 336 p.

Publicado

21/10/2021

Como Citar

DA SILVA, O. H. F.; SOARES, A. . de S. Quantos sujeitos devem participar da pesquisa? O sujeito reivindicativo como possibilidade na pesquisa em educação. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 16, n. 4, p. 2395–2409, 2021. DOI: 10.21723/riaee.v16i4.14586. Disponível em: https://periodicos.fclar.unesp.br/iberoamericana/article/view/14586. Acesso em: 29 mar. 2024.

Edição

Seção

Artigos teóricos