Raciocínio lógico, avaliação interativa e ludicidade no contexto da inclusão

Autores

DOI:

https://doi.org/10.21723/riaee.v14i2.11674

Palavras-chave:

Deficiência intelectual, Raciocínio lógico, Avaliação interativa.

Resumo

O trabalho analisou o impacto de intervenções psicopedagógicas – via material concreto como a Caixa Lógico-Simbólica – sobre o raciocínio lógico de alunos com deficiência intelectual no contexto da inclusão. O recorte teórico baseou-se no conceito de zona de desenvolvimento proximal e na teoria da aprendizagem mediada. Metodologicamente, a pesquisa fundou-se na avaliação interativa que admite que a aprendizagem mediada e o estímulo à metacognição contribuem para a plasticidade cognitiva e a autorregulação dos alunos. Utilizando-se do método longitudinal um protocolo com atividades avaliou o raciocínio lógico em situações de pré e pós intervenções com o material da Caixa Lógico-Simbólica. O pré-teste revelou a predominância dos alunos no nível pré-operatório. O pós-teste demonstrou avanço nas habilidades lógicas nos testes da conservação, lógica de classes, sequências lógicas, interseção de classes, entre outras. O estudo apontou a eficácia de intervenções psicopedagógicas baseadas na avaliação interativa através do lúdico no raciocínio lógico em alunos com deficiência intelectual.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Cristina Lucia Maia Coelho, Universidade Federal Fluminense

Doutora em Psicologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Mestre em Psicologia pela Fundação Getúlio Vargas. Pós-Doutorado em Educação pela Universidade do Minho. Professora Associada IV de Psicologia da Educação do Departamento de Fundamentos Pedagógicos da Faculdade de Educação e do curso de Mestrado Profissional Diversidade e Inclusão da Universidade Federal Fluminense.

Cristiane Zago Sodré, Universidade federal Fluminense

Mestre em Diversidade e Inclusão (UFF). Graduação em Letras/Literatura pela Universidade Estácio de Sá. Especialização em Educação Infantil e Anos iniciais do ensino fundamental. Professora de Atendimento de Educação Especializada (AEE) em sala de recurso multimídia  no Rio de Janeiro. 

Referências

AMERICAN PSYQUIATRIC ASSOCIATION (APA). Diagnostic and statistical Manual of mental Disorders (DSM-V). Fifith edition. Artlington, VA: American Psyquiatric Association, 2013.

BROUGÈRE, G. A criança e a cultura lúdica. Rev. Fac. Educ. São Paulo, v. 2, n. 24 p.24-29, 1998.

BROFENBRENNER, U. Bioecologia do desenvolvimento humano: tornando os seres humanos mais humanos. Porto Alegre: Artmed, 310p, 2011.

COELHO, C.; BASTOS, C. Habilidade lógico-espacial de alunos com deficiência intelectual: a torre de hanói como intervenção. Interacções.n. 26. p. 311-328. 2013. Disponível em: <http://www.eses.pt/interaccoes>. Acesso em 2 mar. 2018.

COSTA, E. R.; BORUCHOVITCH, E. A Auto-eficácia e a Motivação para aprender, In: COSTA, E; BORUCHOVITCH, E. Auto-Eficácia em diferentes contextos. São Paulo: Ed. Alínea, 159p. cap. 4, p. 87-109, 2006.

DECLARAÇÃO DE SALAMANCA E LINHA DE AÇÃO SOBRE NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS. (1994, Salamanca). Brasília: Cordé, 1997.

DOCKRELL, J.; MCSHANE, J. Crianças com dificuldades de aprendizagem. Uma abordagem cognitiva. Porto Alegre: Artmed, 2000.

FLAVELL, J. Speculations about the nature and development of metacognition. In: F. E. WEINERT; R. KLUWE (Orgs.). Metacognition, motivation, and understanding (pp. 1-16). Hillsdale, N. J.: Erlbaum, 1987.

FREITAG, B. Sociedade e Consciência. Um estudo piagetiano na favela e na escola. São Paulo: Cortez Editora,1984.

HAYWOOD, H. C.; TZURIEL, D. Interative Assessment. New York: Springer-Verlag, 1992.

MORIN. E. A cabeça feita: repensar a reforma, reformar o pensamento. Rio de Janeiro: Bertrand, 2004.

O’REILLY, G. Diagnosis, classification and eídemiology. In: CARR et al. The Handbook of Intellectual Disability and clinical Psychology Pratice. London: Routledge, 2016.

ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE (OMS). Classificação Internacional de funcionalidade, deficiência e saúde (CIF). Genebra: OMS, 2001.

PAOUR, J. Induction of Logic Structures en Mentally Retarded: An Assessment and Intervention Instrument. In: HAYWOOD, C.; TZURIEL, D. Interactive assessment. Springer-Verlag: New York, Inc, 1992.

SCHALOCK, R. et al. Intellectual disability: definition, classification, and systems of supports. (11th Edition). Washington, DC: American Association on Intellectual and Developmental Disabilities, AIDD, 2012.

SPINILLO, A.; LAUTERT, S. Pesquisa-intervenção em psicologia do desenvolvimento cognitivo: princípios metodológicos, contribuição teórica e aplicada. In: CASTRO, L.; BESSET, V. Pesquisa intervenção na infância e juventude. R. J. Trarepa, 2006.

VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente. 4ª edição, São Paulo, Ed. Martins Fontes, 2005. 90 p. São Paulo.

Publicado

01/01/2019

Como Citar

COELHO, C. L. M.; SODRÉ, C. Z. Raciocínio lógico, avaliação interativa e ludicidade no contexto da inclusão. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 14, n. 2, p. 470–484, 2019. DOI: 10.21723/riaee.v14i2.11674. Disponível em: https://periodicos.fclar.unesp.br/iberoamericana/article/view/11674. Acesso em: 28 mar. 2024.

Edição

Seção

Artigos teóricos