A tríade ensino, pesquisa e extensão no fazer universitário com a inclusão de alunos com autismo: intervenções educacionais e psicanalíticas

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22633/rpge.v23iesp.1.12945

Palavras-chave:

Processos formativos, Inclusão em educação, Psicanálise aplicada, Práxis Pedagógica.

Resumo

As tensões entre o ensino, a extensão e a pesquisa se apresentam como pontos de confluência de uma prática em construção. Eles revelam os impasses éticos que mobilizam o processo de uma docência cada vez mais afinada com o trabalho cotidiano do pesquisador nas cidades. Pensamos a extensão como um fazer ético, interdisciplinar, primando pela postura investigativa, que faz de cada desafio e problema encontrado, uma oportunidade, não só de descoberta de uma questão, mas recurso para buscar, propor e realizar ações pertinentes aos objetivos educacionais traçados; buscando relações entre as ações cotidianas e as ações num nível macro, visualizando as necessidades e possibilidades de uma educação para todos. Articulamos aqui extensão e práxis, inclusão de autistas; psicanálise aplicada; acessibilidade curricular; processos formativos.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Maria Angélica Augusto de Mello Pisetta, Universidade Federal Fluminense (UFF), Niterói – RJ

Professora adjunta. Departamento de Fundamentos Pedagógicos.

Mylene Cristina Santiago, Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Juiz de Fora – MG

Professora adjunta. Departamento de Educação.

Referências

ALMEIDA, S.F.C. Formação continuada de professores: conhecimento e saber na análise clínica das práticas profissionais. Estilos da Clínica, v. 17, n. 1, p.76-87, 2012.

BIALER, M. A inclusão escolar nas autobiografias de autistas. In: Revista Quadrimestral da Associação Brasileira de Psicologia Escolar e Educacional, SP. Volume 19, Número 3, Setembro/Dezembro de 2015: 485-492.

BRASIL, Lei nº 13.146, de 06 de julho de 2015. Institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência). Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm>. Acesso em 25 demaio de 2018.

BRASIL. MEC. SEESP. Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva Inclusiva. Brasília, 2008.

BOOTH, T.; AINSCOW, M. Index para a inclusão - desenvolvendo a aprendizagem e a participação na escola. Tradução de Mônica Pereira dos Santos. Rio de Janeiro: LaPEADE, 2002.

CAPELLINI, V. L. M. F. A avaliação das possibilidades do trabalho colaborativo no processo de inclusão escolar do aluno com deficiência mental. 2004. 299 f. Tese (Doutorado em Educação Especial). UFSCar, São Carlos, SP.

FOUCAULT, M. Vigiar e punir. Petrópolis: Vozes, 2009.

FREUD, S. Recomendações aos médicos que exercem a psicanálise. Obras completas, ESB, v. XII. Imago: Rio de Janeiro, 1912/2012.

KANNER, L. AutisticDisturbancesofAffectiveContact. NervousChild, n. 2, 1943.

IBIAPINA, I. M. L. M. Pesquisa colaborativa – Investigação, formação e produção de conhecimentos. Série Pesquisa, v.17. Brasília, DF: Liber Livro, 2008.

LIEBERMAN, A. Collaborativeresearch:Workingwith, notworkingon… EducationalLeadership, 43(5), pp. 29-32, 1986. Disponível em: http://ascd.com/ASCD/pdf/journals/ed_lead/el_198602_lieberman2.pdf acesso em: 25 de maio de 2018.

LACAN, J. O seminário, livro 17: o avesso da psicanálise, 1969-1970. Rio de Janeiro : Jorge Zahar, 1992.

LEFORT, R.A distinção do autismo. Belo Horizonte : Relicário edições, 2017.

MALEVAL, J.C. O autista e sua voz. São Paulo: Blucher, 2017.

MILLER, J. Le neveu de Lacan. Paris: Verdier, 2003.

MOITA, F.M., ANDRADE, F.C. Ensino-pesquisa-extensão: um exercício de indissociabilidade na pós-graduação. Revista Brasileira de Educação v. 14 n. 41 maio/ago. 2009.

NUNES, C. & MADUREIRA, I. (2015). Desenho Universal para a Aprendizagem: Construindo práticas pedagógicas inclusivas. In: Da Investigação às Práticas, v.5, n. 2, p. 126 – 143.

PÊCHEUX, M. Semântica e discurso: uma crítica à afirmação do óbvio. Trad. Eni Puccinelli Orlandi et al. Campinas: Unicamp, 1988.

PÊCHEUX, M. Semântica e Discurso: uma crítica à afirmação do óbvio. Campinas: Editora da Unicamp, 2009.

PISETTA, M. A. A. M. Linguagem e cotidiano escolar: contribuições da Psicanálise. In L. Lehmann; G. Coutinho (Org.), Psicologia e educação: interfaces (pp. 111-122) Niterói : Eduff, 2015.

PISETTA, M.A.A.M. Conversação com professores de educação infantil sobre suas experiências com alunos autistas incluídos em classes regulares. In Anais do evento do XII Colóquio internacional do LEPSI: A escola: consumida ou consumada?, São Paulo : 2017.

PISETTA, M.A.A.M.; CHARCZUK, S. A pesquisa em educação: aportes psicanalíticos. In Contrapontos. Vol. 18, série 3, 2018.

REVISTA CORREIO, APPOA. Dar palavra aos autistas. Abril, maio de 2013.

ROSA, M. D.; DOMINGUES, E. O método na pesquisa psicanalítica de fenômenos sociais e políticos: a utilização da entrevista e da observação. In Psicologia & Sociedade; 22 (1) : 180-188, 2010.

SANTIAGO, A.L. O CIEN na minha formação analítica. In Brisset, Santiago e Miller (Orgs) Crianças falam! E tem o que dizer. Experiências do CIEN no Brasil. Belo Horizonte: Scriptum, 2013.

SANTOS, M. P., SANTIAGO, M. C. As múltiplas dimensões do currículo no processo de inclusão e exclusão em educação. Revista Espaço do Currículo (Online), v.3, p.548 - 562, 2011.

SANTOS, M. P., SENNA, M. O papel do gestor da educação especial e o Plano de Desenvolvimento da Educação: tessituras e rupturas. Anais do V Congresso Brasileiro de Educação Especial. São Carlos, 2012.

SANTOS, M. P., SANTIAGO, M.C. Ciclo de formação de professores sobre inclusão em educação: em direção a uma perspectiva omnilética In: Anais da 36ª ANPED, 2013, Goiânia.

SMYSER, B. M. Active and Cooperative Learning. 1993. Disponível em http://www.wpi.edu/~isg_501/bridget.htmlAcesso em 25 de maio de 2018.

SOUZA, A. M. M., DEPRESBITERIS, L.,MACHADO, O. T. M. A mediação como princípio educacional: bases teóricas das abordagens de ReuvenFeuerstein. São Paulo: Editora SENAC: São Paulo, 2004.

THIOLENT, M. Metodologia da Pesquisa-Ação. São Paulo : Ed. Cortez, 8ª ed, 1998.

TOLEDO, E. H.; VITALIANO, C. R. Formação de professores por meio de pesquisa colaborativa com vistas à inclusão de alunos com deficiência intelectual. Revista Brasileira de Educação Especial, Marília, v. 18, n.2, p. 319-336, 2012.

VOLTOLINI, R. Educação e psicanálise. Rio de Janeiro: Zahar, 2011.

Publicado

01/10/2019

Como Citar

PISETTA, M. A. A. de M.; SANTIAGO, M. C. A tríade ensino, pesquisa e extensão no fazer universitário com a inclusão de alunos com autismo: intervenções educacionais e psicanalíticas. Revista on line de Política e Gestão Educacional, Araraquara, v. 23, n. esp.1, p. 836–855, 2019. DOI: 10.22633/rpge.v23iesp.1.12945. Disponível em: https://periodicos.fclar.unesp.br/rpge/article/view/12945. Acesso em: 28 mar. 2024.