A Convivência digital e seus problemas
Um estudo com adolescentes de escolas públicas paulistas
DOI:
https://doi.org/10.22633/rpge.v26iesp.3.16957Palavras-chave:
Convivência virtual, Convivência Empatia, Pandemia, InternetResumo
As formas de convivência são atravessadas por múltiplas variáveis, de modo que os atuais aparatos tecnológicos marcam não apenas as interações entre as pessoas como constroem formas diferenciadas de relações na contemporaneidade. Desse modo, ambientes físicos e virtuais se fundem, configurando em possibilidades de convivências reais que impactam nas relações entre as pessoas, sobretudo nos tempos pandêmicos no qual se potencializou sobremaneira as relações interpessoais mediadas pelas plataformas virtuais. Reconhecendo essa realidade, urge refletir: Como ocorre a convivência entre adolescentes nos ambientes virtuais? Quais são as maiores dificuldades da convivência que não inclui o contato físico? Objetivando refletir acerca de tais indagações, realizou-se um estudo descritivo a respeito da ciberconvivência/ciberagressão buscando identificar como estão caracterizados os comportamentos e as interações ocorridas nos ambientes virtuais. O instrumento de coleta de dados foi um questionário estruturado, contendo 15 questões em torno da temática, aplicado de forma virtual através de um formulário via Google Forms. Os participantes do estudo compuseram uma amostra de 1.923 adolescentes, estudantes das duas diretorias da rede de ensino público estadual paulista: a DRE “Leste 3” na região metropolitana de São Paulo com 1.056 respondentes e a DRE de Taquaritinga, no interior paulista, com 867 adolescentes. Encontramos uma amostra de quase 40% das alunas e dos alunos respondendo já terem sido insultados nas interações virtuais, experimentando dor e sofrimento nessa forma de convivência.
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