Reconhecimento de saberes: um estudo sobre o estado da arte
DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.unesp.v13.n4.out/dez.2018.10853Palavras-chave:
Reconhecimento de saberes, Validação de saberes, IFSC-Florianópolis, CERTIFIC, Certificação profissionalResumo
O texto é o resultado de estudos sobre “Reconhecimento de Saberes” iniciado pelas autoras no Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC), em 2014. Tal pesquisa surgiu da constatação da necessidade de um maior aprofundamento teórico sobre tema. O trabalho teve por objetivo traçar o delineamento do estado da arte do reconhecimento de saberes por meio de um mapeamento de artigos, teses e dissertações que abordam o tema. O universo de pesquisa ficou constituído de 8 artigos, 4 dissertações e uma tese, totalizando 13 documentos, produzidos de 2006 a 2016. Na análise dos documentos pode-se constatar que as políticas de certificação profissional e de reconhecimento de saberes ganharam destaque a partir das iniciativas para desenvolvimento e certificação de competências nos países europeus. Percebeu-se que as políticas implementadas de formação e certificação profissional são, em sua maioria, fortemente orientadas pela “teoria das competências” e pelas "necessidades do mercado de trabalho", em detrimento de uma concepção integral de educação. Concluiu-se que a implementação de dispositivos de reconhecimento de saberes não se dá sem tensões e comporta contradições que refletem as perspectivas dos grupos distintos que compõem a sociedade, desencadeando disputas que envolvem questões político-epistemológicas importantes. Se por um lado se fortalece a avaliação por competências, apoiada nos pressupostos da teoria do capital humano, fortemente voltado para uma concepção da educação para o mercado de trabalho, por outro, fortalecem-se, também, aqueles que tomam essas políticas como um mecanismo de justiça social, voltado para o atendimento das demandas históricas de movimentos sociais de direito à educação.Downloads
Referências
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