Índice de desenvolvimento da educação básica (proficiência e fluxo): por que avançamos tão pouco?

Autores

DOI:

https://doi.org/10.21723/riaee.v16iesp2.15115

Palavras-chave:

Avaliações externas, Distorção idade-série, Plano de Ações Articuladas

Resumo

Este artigo objetiva analisar o IDEB enquanto balizador da qualidade da Educação Básica nacional, destacando o seu processo de criação. A discussão se centraliza no Plano de Ações Articuladas (PAR), política pública que destina recursos e apoio técnico e financeiro para estados e municípios, a fim de que as escolas da rede pública alcancem os objetivos da avaliação externa; e na variável de fluxo escolar, apontada aqui através dos índices de Distorção Idade-Série (DIS). Para discutir as informações utilizamos a análise documental e o método Materialismo Histórico-Dialético. O estudo indicou que a melhoria da qualidade da educação perpassa por combate em defesa da escola pública e da luta por um sistema econômico mais justo e igualitário. Para isso, sugerimos a análise e reflexão aprofundada dos resultados das avaliações externas a nível nacional e local, juntamente com avaliações institucionais e debates com a comunidade escolar, mas, sobretudo, na defesa de repasses dignos para a educação.

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Biografia do Autor

Valéria Prazeres dos Santos, Secretaria da Educação do Estado da Bahia (SEE), Ilhéus – BA

Coordenadora Pedagógica da Rede Estadual de Educação da Bahia. Mestrado em Educação (UESC).

Ivanei Carvalho dos Santos, Secretaria Municipal de Educação (SME), Itapetinga – BA

Professora da Prefeitura Municipal. Mestrado em Educação (UESB).

Arlete Ramos dos Santos, Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB), Vitória da Conquista – BA

Professora Titular no Departamento de Ciências Humanas, Educação e Linguagem (DCHEL). Doutorado em Educação (UFMG).

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Publicado

01/05/2021

Como Citar

SANTOS, V. P. dos; SANTOS, I. C. dos; SANTOS, A. R. dos. Índice de desenvolvimento da educação básica (proficiência e fluxo): por que avançamos tão pouco?. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 16, n. esp2, p. 1058–1076, 2021. DOI: 10.21723/riaee.v16iesp2.15115. Disponível em: https://periodicos.fclar.unesp.br/iberoamericana/article/view/15115. Acesso em: 19 abr. 2024.