Práticas que transformam
Provocando o emergir de sujeitos potentes de linguagem
DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.v18iesp.1.18472Palavras-chave:
Terapia de linguagem, Escrita, Diálogo, AutoriaResumo
Este artigo apresenta o relato de atividades terapêuticas fonoaudiológicas que destacam a importância das práticas discursivas, dialógicas, pautadas em referencial histórico-cultural, para o trabalho com a linguagem oral e escrita. O objetivo dos relatos feitos é mostrar que estratégias organizadas, pautadas em escolhas subjetivas de gêneros discursivos diferentes, podem promover a emergência do sujeito de linguagem que inicia o processo terapêutico fonoaudiológico como sujeito patológico. Apresentamos os relatos de quatro crianças, na vivência de dois projetos diferentes (coleção de livros “Eu, autor” e “Painel Interativo”), em que os tempos e relações de cada criança com o outro, consigo e sua linguagem, os diferentes interlocutores discursivos, são subjetivos, mas todos se transformam. Acompanham-nos nessa jornada Bakhtin e Vigotski, em especial, entre outros autores consagrados. Embora sem utilizarmos protocolos formais, as práticas apresentadas podem ser replicadas e evidenciam bons resultados.
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