Relatos e retratos de vidas e vivências femininas

Autores

  • Rosane Duarte Rosa Seluchinesk Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT), Faculdade de Educação e Linguagem, Programa de Pósgraduação em Educação, Campus Jane Vanine, Cáceres, MT, Brasil https://orcid.org/0000-0001-6182-9582
  • Adriano Batista Castorino Universidade Federal do Tocantins, Programa de Mestrado Profissional em Administração Pública em Rede Nacional (PROFIAP), Campus de Palmas, Palmas, TO, Brasil https://orcid.org/0000-0001-7979-6694
  • Géssica Souza Lacerda Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT), Faculdade de Educação e Linguagem, Programa de Pósgraduação em Educação, Campus Jane Vanine, Cáceres, MT, Brasil https://orcid.org/0009-0000-4498-3393

Palavras-chave:

natureza, educação, Feminismo, Mato Grosso

Resumo

Este estudo é focado na interação feminina com ambiente, no Estado de Mato Grosso. O ambiente aqui se constitui em espaços de vivências com a natureza e consequente uso de recursos naturais. O objetivo é conhecer como se dá a relação mulher e natureza, nos propomos a ouvir as mulheres. Como método de estudo foi utilizado a pesquisa qualitativa e etnográfica, com interface na pesquisa participativa, pautada na história de vida. O que se observa nas falas das mulheres que estas se consideram, assim como a natureza, geradoras de vidas. Mesmo sendo dotadas da condição criadora, isso não afasta o fato de que são violadas constantemente, perpetuando o modelo de relação predatória que é o prisma do poder masculino. Por isso, é urgente distinguir, dentro da ação humana, os processos de pertencimento e reciprocidade, próprios do universo feminino, do modelo predatório machista.

https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.1948801

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Rosane Duarte Rosa Seluchinesk, Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT), Faculdade de Educação e Linguagem, Programa de Pósgraduação em Educação, Campus Jane Vanine, Cáceres, MT, Brasil

Possui graduação em Pedagogia pela Universidade Federal de Mato Grosso (1993) e mestrado em Educação pela Universidade Federal do Paraná (1999) e Doutorado em Desenvolvimento Sustentável pela Universidade de Brasília (2008). Estância Acadêmica em Estudos de Gênero na Universidad Nacional Autónoma de México (UNAM). Atualmente é professor titular da Universidade do Estado de Mato Grosso na graduação e pós-graduação. Tem experiência na área de estudos sobre educação, ocupação da Amazônia, meio ambiente, desenvolvimento sustentável, gestão e políticas públicas, formação de professores e estudos de gênero. Desenvolve projeto de pesquisa, ensino e extensão com pequenos agricultores e assentados, quilombolas, ribeirinhos e povos indígenas.

Adriano Batista Castorino, Universidade Federal do Tocantins, Programa de Mestrado Profissional em Administração Pública em Rede Nacional (PROFIAP), Campus de Palmas, Palmas, TO, Brasil

Possui graduação em Letras pela Universidade Federal de Goiás (2004), mestrado em Ciências do Ambiente pela Universidade Federal do Tocantins (2011) e doutorado em Ciências Sociais pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2014). Pós-Doutorado em Antropologia Social pela Universidade Federal de Santa Catarina (2021). Tem experiência na área de Antropologia, com ênfase em Antropologia e Educação, atuando principalmente nos seguintes temas: educação, cultura, gestão pública, imaginário, literatura e ciências sociais.

Géssica Souza Lacerda, Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT), Faculdade de Educação e Linguagem, Programa de Pósgraduação em Educação, Campus Jane Vanine, Cáceres, MT, Brasil

Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado de Mato Grosso - UNEMAT (2017). Especialização em Química e Física - Faculdade FUTURA (2018) e segunda licenciatura em Física pela instituição FAVENI -Faculdade Venda Nova do Imigrante (2021). Mestrado em Educação pelo Programa de Pós-graduação em Educação – PPGEdu pela Universidade do Estado de Mato Grosso-UNEMAT. É professora da Educação Básica na rede estadual de ensino de Mato Grosso. Realiza pesquisas com populações assentadas nas áreas de Educação Ambiental, Educação Popular e Estudos de Gênero e ambiente.

Referências

ARIZA S. G. R. Las Representaciones sociales de la violencia en las relaciones de pareja en la prensa de Medellín en el siglo XXI. Revista Venezolana de Estudios de la Mujer, Venezuela, v. 14, n. 32, p. 71-98, 2009.

BEAUVOIR, S. O segundo sexo: fatos e mitos. Tradução Sérgio Milliet. São Paulo: Difusão Europeia do Livro, 1970.

BECKER, B. K. 2001. Revisão das políticas de ocupação da Amazônia: é possível identificar modelos para projetar cenários? Modelos e cenários para a Amazônia: o papel da ciência. Parcerias Estratégicas, Brasília, v. 12, p. 135-159.

BERGHAMMER, C. Family life trajectories and religiosity in Austria. European Sociological Review, Oxford, v. 28, n. 1, p. 127-144, 2010. DOI: https://doi.org/10.1093/esr/jcq052.

BUBER, M. Eu e tu. Tradução Newton Aquiles V. Zuben. 8. ed. São Paulo: Centauro, 2004.

BUENO, S. ET AL. Feminicídios em 2023. São Paulo: FÓRUM BRASILEIRO DE SEGURANÇA PÚBLICA, 2024. Disponível em: https://publicacoes.forumseguranca.org.br/items/77f6dcce-06b7-49c1-b227-fd625d979c85. Acesso em: 22 Jun. 2024.

BUTLER, J.; GAMBETTI, Z.; SABSAY, L. Vulnerability in resistance. Duke University Press, 2016. DOI: http://doi.org/10.1215/9780822373490.

CAPRA, F. A teia da vida: uma nova compreensão científica dos sistemas vivos. Tradução Newton Roberval Eichemberg. São Paulo: Cultrix, 1999.

CONCEIÇÃO, A. C. L. Teorias feministas: da questão da mulher ao enfoque de gênero. RBSE, Ciudad Autónoma de Buenos Aires, v. 8, n. 24, p. 738-757, 2009. Disponível em: https://www.cchla.ufpb.br/rbse/Conceicao_art.pdf. Acesso em: 22 jun. 2024.

CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO - CNUMAD. Capítulo 24: Ação Mundial pela Mulher, com vistas a um Desenvolvimento Sustentável e Eqüitativo. Brasília: Ministério do Meio Ambiente, 1992. Disponível em: https://antigo.mma.gov.br/responsabilidadesocioambiental/agenda-21/agenda-21-global/item/705.html. Acesso em: 05 maio 2024.

DIAS, G. F. Educação ambiental: princípios e práticas. São Paulo: Gaia, 1992.

FEDERICI, S. O ponto zero da revolução: trabalho doméstico, reprodução e luta feminista. São Paulo: Elefante, 2019.

FERRI, C.; CAMARDELO, A. M. P.; OLIVEIRA, M. Mulheres, desigualdade e meio ambiente. Caxias do Sul, RS: Educs, 2017. Disponível em: https://www.ucs.br/site/midia/arquivos/ebook-mulheres-desig.pdf. Acesso em: 28 jun. 2024.

FREIRE, P. Pedagogia do Oprimido. 42. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2005.

GEERTZ, C. A interpretação das culturas. Rio de Janeiro: Ed. Guanabara, 1989.

KRENAK, A. Ideias para adiar o fim do mundo. São Paulo: Cia das Letras, 2020.

OLIVEIRA, R. ‘Legal’, desmatamento no Mato Grosso cresce e vai na contramão da Amazônia. São Paulo: Pública, 2023. Disponível em: https://apublica.org/2023/07/legal-desmatamento-no-mato-grossocresce-e-vai-na-contramao-da-amazonia/. Acesso em: 05 maio 2024.

OLIVEIRA, R. C. O trabalho do antropólogo: olhar, ouvir, escrever. Revista de Antropologia, São Paulo,v. 39, n. 1, p. 13-37, 1996.

PLUMWOOD, V. Feminism and the mastery of nature. Londres: Routledge, 1993.

RUETHER, R. R. Envisioning our hope: some models of the future. In: KALVEN, J.; BUCKLEY, M. I. (ed.). Women spirit bonding. New York: Pilgrim, 1992. p. 325-335.

SANTOS, J. B. Novos Movimentos Sociais: feminismo e a luta pela igualdade de gênero. Revista Internacional de Direito e Cidadania, São Paulo, n. 9, p. 81-91, 2011. Disponível em: https://mulheresprogressistas.org/AudioVideo/NOVOS%20MOVIMENTOS%20SOCIAIS.pdf. Acesso em: 28 jun. 2024.

SATO, M. Educação para o Ambiente Amazônico. 1997. Tese (Doutorado em Ciências) – Universidade Federal de São Carlos, São Carlos, 1997. Disponível em: https://pt.scribd.com/document/353718425/tese-doutorado-michele-sato-pdf. Acesso em: 17 jun. 2024.

SEGATO, R. L. Gênero e colonialidade: em busca de chaves de leitura e de um vocabulário estratégico descolonial, e-cadernos CES [Online], v. 18, p. 106-131, 2012. DOI: https://doi.org/10.4000/eces.1533.

SELUCHINESK, R. D. R. De heróis a vilões: imagem e auto-imagem dos colonos da Amazônia matogrossense. 2008. Tese (Doutorado em Desenvolvimento Sustentável) – Universidade de Brasília, Brasília, 2008.

SELUCHINESK, R. D. R. Mujeres Indígenas en la Amazonia Brasileña. In: MONDRAGÓN, J. M. et al. (org.). Mundos indígenas: territorio, movilidad, identidad y gestión. Departamento de Evaluación del Diseño en el Tiempo, Universidad Autónoma Metropolitana Azcapotzalco, 2019.

SELUCHINESK, R. D. R; SIMPLÍCIO, E; CASTORINO, A. A prostituição e a violência de gênero: A rua F em Alta Floresta – MT. IN: REA ABANNE, 2015, Maceió. Anais […]. Maceió: UFAL, 2015. P. 1-20. Disponível em: https://evento.ufal.br/anaisreaabanne/gts_download/_rosane%20d.%20r.%20seluchinesk%20-%201020343%20-%203617%20-%20corrigido.pdf. Acesso em: 20 Jun. 2024.

VIEIRA, P.F. Meio ambiente, desenvolvimento e planejamento. In: VIOLA, E.J. et al. (org.). Meio ambiente, desenvolvimento e cidadania: desafios para as ciências sociais. São Paulo: Cortez, 1995. p. 45-98.

Publicado

30/12/2024

Como Citar

SELUCHINESK, R. D. R.; CASTORINO, A. B.; LACERDA, G. S. Relatos e retratos de vidas e vivências femininas. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. esp.3, p. e19488, 2024. Disponível em: https://periodicos.fclar.unesp.br/iberoamericana/article/view/19488. Acesso em: 15 jul. 2025.