As políticas de avaliação em larga escala e trabalho docente: dos discursos eficientistas aos caminhos contrarregulatórios
DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.v11.n4.7155Palavras-chave:
Políticas de avaliação. Trabalho docente. Caminhos contraregulatórios.Resumo
A avaliação de sistemas educativos assumiu grande relevância no cenário da educação internacional e nacional. Desde meados da década de 1990, no Brasil, ela intensifica-se e avança como peça central na engrenagem em busca da qualidade. Efeitos tem sido gerados no cotidiano das escolas e no trabalho docente. Este artigo discute, prioritariamente, as características performativas, reguladoras e responsabilizadoras que estas avaliações assumem diretamente no trabalho docente. Apresentamos achados de pesquisa realizada em escolas de duas redes municipais localizadas na Baixada Fluminense, região metropolitana do Rio de Janeiro. Tem como objetivo investigar os sentidos e os efeitos que os resultados das avaliações externas, na educação básica têm provocado no desenvolvimento do trabalho docente, focalizando na perspectiva de gestores escolares e professores. A questão disparadora de nossa investigação gerou em torno deste objetivo: como os resultados dos testes estandardizados e do IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) têm interferido no trabalho docente desenvolvido em suas salas de aula? Dentre os achados, identificamos um amplo processo de intensificação do trabalho docente, acompanhado de responsabilização e desqualificação das professoras. Além disso, há um conjunto de elementos performativos e reguladores que aparecem no cotidiano pedagógico e que caracterizam um viés neotecnicista no trabalho docente.
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