“Na casa do seu Zé” – música e sexualidade no cotidiano escolar
DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.2016.v11.n1.p165Palavras-chave:
Narrativa, Funk, Sexualidade,Resumo
Este artigo propõe discutir algumas questões que atravessam a relação entre música e sexualidade no cotidiano de uma escola estadual carioca. Para tanto, pretendo realizar esta discussão seguindo uma trilha sugerida por Benjamin: a narrativa como uma faculdade (aparentemente inalienável, porém muitas vezes retirada de nós) de trocar experiências. Assumir este posicionamento justifica-se pelo fato de que a narrativa consiste em uma parte expressiva das complexas relações entre ética e estética. Narrar não significa transmitir o puro em si da coisa, como uma informação ou relatório, mas sim mergulhar a coisa na vida de quem relata, a fim de extraí-la outra vez dela. Em outras palavras, a música e a sexualidade discutidas nas próximas páginas não estão de forma alguma absolutizadas (nem relativizadas), mas sim mergulhadas nos encontros cotidianos que tecem a posição de professor-pesquisador em música. Assim, da ambivalência de uma prática de tocar (e ouvir) música na escola (mais especificamente os cantos sampleados em Beatbox do chamado funk-putaria) emerge tanto a normatividade de um estereótipo de pornografia como também as tensões de seus mais diferentes processos de subjetificação. Trata-se de processos que complexificam este mesmo estereótipo ao enunciar possibilidades de dialogar com a sexualidade para além de seus binarismos.Downloads
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