Nietzsche educador e a afirmação da singularidade

Autores

DOI:

https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.16121

Palavras-chave:

Nietzsche, Educação, Singularidade

Resumo

O artigo tem por objetivo explicitar o impacto de Schopenhauer sobre Nietzsche como um estilo de mestre, incorporando a singularidade como aquilo que a educação promove. Para contemplar esta tarefa e atualizar a reflexão para o nosso tempo, faz-se necessário enfrentar a tensão entre as demandas das instituições educacionais e a potência de um mestre na prática do seu ofício, a fim de buscar em cada estudante aquilo que ele tem de genuíno e original. Trata-se de um ensaio de abordagem qualitativa que reflete a trajetória formativa do próprio Nietzsche, capaz de promover sua condição extemporânea e enfrentar a cultura de sua época. Educar, formar-se, é uma tarefa que exige paciência, persistência, rigor, disciplina. Para isso, um mestre é necessário, de preferência, como nos indica Nietzsche, portador de uma serenidade admirável, cheio de um fogo forte e devorador para ser capaz de promover a singularidade do seu aluno.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Lúcia Schneider Hardt, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Florianópolis – SC – Brasil

Professora Titular. Doutorado em Educação (UFRGS).

Referências

ADAMI, J. D. VIS CREATIVA: A singularidade da vivência criadora no pensamento nietzschiano. Dissertação de Mestrado. 2016. Dissertação (Mestrado em Filosofia) – Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Toledo, PR, 2016. Disponível em: https://tede.unioeste.br/handle/tede/3052. Acesso em: 14 abr. 2021.

NIETZSCHE, F. Escritos sobre educação. Sobre o futuro dos nossos estabelecimentos de ensino – III Consideração intempestiva – Schopenhauer como educador. Tradução: Noéli Correia de Melo Sobrinho. 2. ed. Rio de Janeiro: PUC-Rio; São Paulo: Loyola, 2003.

NIETZSCHE, F. Escritos sobre a História. Apresentação, tradução e notas: Noéli Correia de Melo Sobrinho. Rio de janeiro: ED. PUC; São Paulo: Loyola, 2005.

NIETZSCHE, F. Humano, demasiado humano: Um livro para espíritos livres. Tradução: Paulo César de Souza. São Paulo: Companhia das Letras, 2008. v. 2.

NIETZSCHE, F. Assim falou Zaratustra, um livro para todos e para ninguém. Tradução: Mario da Silva. 18. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2010.

OLIVEIRA, J. Educação como autolibertação na Filosofia de Nietzsche. Cadernos de Pesquisa: Pensamento Educacional, Curitiba, v. 8, n. 19, p. 132-146, maio/ago. 2013.

RANGEL, M. M. Sobre a utilidade e desvantagem da ciência histórica, segundo Nietzsche e Gumbrecht. Revista Dimensões, Goiabeiras, Vitória, v. 24, p. 208-241, jun. 2009. Disponível em: https://periodicos.ufes.br/dimensoes/article/view/2531. Acesso em: 23 abr. 2021.

WEBER, J. F. Singularidade e formação (Bildung) em Schopenhauer como educador de Nietzsche. Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 35, n. 2, p. 251-264, maio/ago. 2009. Disponível em: https://www.scielo.br/j/ep/a/RBBjHsBzwhGtcwrRVD4Q35m/?format=html&lang=pt. Acesso em: 08 jun. 2021.

WEBER, J. F. Crítica à moral e educação: Sobre o espírito livre de Nietzsche. Educação, Porto Alegre, v. 34, n. 1, p. 65-74, jan./abr. 2011. Disponível em: https://www.redalyc.org/pdf/848/84818591009.pdf. Acesso em: 21 jul. 2021.

Publicado

30/12/2022

Como Citar

HARDT, L. S. Nietzsche educador e a afirmação da singularidade . Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2776–2793, 2022. DOI: 10.21723/riaee.v17i4.16121. Disponível em: https://periodicos.fclar.unesp.br/iberoamericana/article/view/16121. Acesso em: 21 nov. 2024.

Edição

Seção

Artigos teóricos