Narrativas literárias desbocadas

Inspirações para (des)fazeres educativos e metodologias queer

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22633/rpge.v26i00.17200

Palavras-chave:

Dissidências sexuais e de gênero, Literatura infantojuvenil, Currículo queer, Metodologia queer, Feminismos

Resumo

No presente texto buscamos refletir sobre as potencialidades que narrativas literárias que abordam as dissidências de gênero e sexualidades podem trazer para a educação e para os currículos. Narrativas desbocadas, transviadas, sapatonas, estranhas, queer, obras de literatura que encantam e (des)encantam ao fazerem circular pelos imaginários de crianças e jovens, personagens plurais. Estabelecemos um paralelo entre um ‘mundo real’, esse no qual vivemos, atravessado por polarizações no campo político, por regulações e censuras no campo das artes e da educação e um ‘mundo imaginado’, um cenário aberto às possibilidades de ser, estar e sentir a vida, para além das imposições da cisheteronorma patriarcal e colonial. Nessa jornada, dialogamos com as produções teóricas advindas dos estudos feministas e queer em interface com a educação e apostamos nas alianças com essas personagens dissidentes para inspirar (des)fazeres educativos.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Késia dos Anjos Rocha, Universidade Federal de Sergipe (UFS), São Cristóvão – SE – Brasil

Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Educação. Bolsista CAPES, trabalha e se dedica a reflexões no campo na Educação, com ênfase nos seguintes temas: Gênero, sexualidades, raça, políticas de escrita em diálogo com os referenciais dos estudos feministas, estudos queer e contracoloniais.

Alfrancio Ferreira Dias, Universidade Federal de Sergipe (UFS), São Cristóvão – SE – Brasil

Professor do Departamento de Educação e do Programa de Pós-graduação em Educação. Doutorado em Sociologia (UFS). Bolsista em Produtividade em Pesquisa 2 do CNPq.

Referências

BRITZMAN, D. P. Existe una pedagogía cuír? O, no leas tan hétero. In: BRITZMAN, D. et al. Pedagogías transgresoras II. Argentina: Bocavulvaria Ediciones, 2018. Disponível em: https://bocavulvariaediciones.blogspot.com/2018/12/pedagogias-transgresoras-ii.html. Acesso em: 10 jun. 2022.

BUTLER, J. Regulações de gênero. Cadernos Pagu, Campinas, n. 42, p. 249-274, 2014. Disponível em: https://www.scielo.br/j/cpa/a/Tp6y8yyyGcpfdbzYmrc4cZs/?format=pdf&lang=pt. Acesso em: 02 jun. 2022.

COLLING, L. A emergência do artivismo da dissidência sexual e de gênero no Brasil da atualidade. Revista Sala Preta, São Paulo, v. 18, n. 1, p. 152-167, 2018. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/salapreta/article/view/125684. Acesso em: 03 jun. 2022.

COLE, B. Princípe Cinderelo. São Paulo: Martins Fontes, 2000.

DELUCA, N.; PASSOS, Ú. Regime heteronormativo e patriarcal vai colapsar com revolução em curso, diz Paul Preciado. Folha de São Paulo, São Paulo, jan. 2021. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/ilustrissima/2021/01/regime-heteronormativo-e-patriarcal-vai-colapsar-com-revolucao-em-curso-diz-paul-preciado.shtml. Acesso em: 02 jun. 2022.

FLORES, V. Esporas de indisciplina: Pedagogías trastornadas y metodologías queer. In: BRITZMAN, D. et al. Pedagogías transgresoras II. Argentina: Bocavulvaria Ediciones, 2018. Disponível em: https://bocavulvariaediciones.blogspot.com/2018/12/pedagogias-transgresoras-ii.html. Acesso em: 02 jun. 2022.

LESLÃO, J. Joana Princesa. Rio de Janeiro: Metanóia, 2016.

LESSA, P. Visibilidades y ocupaciones artísticas en territorios físicos y digitales. In: PADRÓS, N.; COLLELLDEMONT, E.; SOLER, J. Actas del XVIII Coloquio de Historia de la educación: Arte, literatura y educación. Espanha: Editora da UniVic, 2015. v. 1.

LOVE, J. Julián é uma sereia. São Paulo: Boitatá, 2021.

KEMP, A. A pior princesa do mundo. São Paulo: Paz & Terra, 2012.

ORTHOF, S. Ervilina e o princês ou Deu a louca em Ervilina. Porto alegre: Editora Projeto, 2009.

PARAÍSO, M. A. Diferença no currículo. Cadernos de Pesquisa, v. 40, n. 140, p. 587-604, 2010. Disponível em: https://www.scielo.br/j/cp/a/MnrBfYmbrZ4zfVqD3C5qkYp/?lang=pt. Acesso em: 20 jun. 2022.

PRECIADO, P. B. Um apartamento em Urano. Rio de Janeiro: Zahar, 2020a.

PRECIADO, P. B. Eu sou o monstro que vos fala: Relatório para uma academia de psicanalistas. Revista A Palavra Solta, nov. 2020b. Disponível em: https://www.revistaapalavrasolta.com/post/eu-sou-o-monstro-que-vos-fala. Acesso em: 07 jun. 2022.

PRECIADO, P. B. Entrevista concedida ao Canal betevé. Barcelona: Betevé, 2019. 1 vídeo (18 min). Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=Aa-RiOuYiE4. Acesso em: 03 jun. 2022.

QUINTIÁ, X. Titiritesa. Pontevedra: OQO Editora, 2008.

RANNIERY, T. Currículo, sociedade queer e política da imaginação. Revista Teias, v. 18, n. 51, p. 52-67, 2017. Disponível em: https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/revistateias/article/view/30593. Acesso em: 10 jun. 2022.

RAPOSO, P. "Artivismos": Articulando dissidências, criando insurgências. Cadernos de Arte e Antropologia, v. 4, n. 2, p. 3-12, 2015. Disponível em: https://journals.openedition.org/cadernosaa/909. Acesso em: 12 jun. 2022.

SOUZA, L. L.; SALGADO, R. G.; MATTOS, A. R. Infâncias, gêneros e sexualidades: Implicações ético-políticas das parentalidades. Psicologia em Estudo, v. 27, e58910, 2022. Disponível em: https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/PsicolEstud/article/view/58910. Acesso em: 12 jun. 2022.

Publicado

14/09/2022

Como Citar

ROCHA, K. dos A.; DIAS, A. F. Narrativas literárias desbocadas: Inspirações para (des)fazeres educativos e metodologias queer. Revista on line de Política e Gestão Educacional, Araraquara, v. 26, n. 00, p. e022138, 2022. DOI: 10.22633/rpge.v26i00.17200. Disponível em: https://periodicos.fclar.unesp.br/rpge/article/view/17200. Acesso em: 5 nov. 2024.