Gestão democrática e crise estrutural do capital: alguns apontamentos

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22633/rpge.v24i2.13283

Palavras-chave:

Educação, Gestão, Crise estrutural do capital.

Resumo

O artigo objetiva debater o princípio da gestão democrática em relação à crise estrutural do capital, que, segundo Mészáros, tem início na década de 1970. Opta-se por uma pesquisa teórica, documental e bibliográfica. Sob a orientação desses pressupostos, observa-se que os desdobramentos dessa crise assolam todos os complexos sociais. Os sistemas educacionais, sobretudo os localizados nos países que orbitam na periferia do grande capital, como o Brasil, passam a ser monitorados pelos organismos internacionais. Essas agências têm como finalidade desresponsabilizar o Estado de suas atribuições de execução e financiamento educacional. Para isso, montam requintados processos de monitoramento. A gestão democrática para a educação imersa nesse cenário apresenta-se como um princípio que deve corroborar com as políticas de diminuição das funções estatais.

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Biografia do Autor

Adriana Mota de Oliveira Sidou, Universidade Estadual do Ceará (UECE), Fortaleza – CE

Doutoranda em Educação pela Universidade Estadual do Ceará. Professora técnica da Prefeitura Municipal de Fortaleza.

Agercicleiton Coelho Guerra, Universidade Estadual do Ceará (UECE), Fortaleza – CE

Doutorando em Educação pela Universidade Estadual do Ceará.

José Deribaldo Gomes dos Santos, Universidade de Educação, Ciências e Letras do Sertão Central (FECLESC), Quixadá – CE

Professor Adjunto da Faculdade de Educação, Ciências e Letras do Sertão Central (FECLESC-UECE), atuando no Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE/UECE) e no Mestrado Acadêmico Intercampi em Educação e Ensino (MAIE/UECE).  Bolsista de Produtividade em Pesquisa, nível 2 do CNPq.

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Publicado

09/04/2020

Como Citar

DE OLIVEIRA SIDOU, A. M.; GUERRA, A. C.; SANTOS, J. D. G. dos. Gestão democrática e crise estrutural do capital: alguns apontamentos. Revista on line de Política e Gestão Educacional, Araraquara, v. 24, n. 2, p. 314–331, 2020. DOI: 10.22633/rpge.v24i2.13283. Disponível em: https://periodicos.fclar.unesp.br/rpge/article/view/13283. Acesso em: 28 mar. 2024.

Edição

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