O papel dos organismos internacionais na reforma gerencial da educação brasileira: os sistemas de avaliação educacional em larga escala como instrumentos da pedagogia política do capital.

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22633/rpge.v24iesp1.13791

Palavras-chave:

Organismos internacionais, Reforma gerencial, Avaliação educacional.

Resumo

Há três décadas o capital está mergulhado em uma crise orgânica que tem condicionado a manutenção de suas bases de acumulação, o que levou a um processo de recomposição burguesa, a fim de reestruturar o trabalho e a produção, bem como reconfigurar a relação entre o Estado e a sociedade civil. Tal processo, atinge todas as esferas da vida social, inclusive as políticas de formação humana, que assumem caráter estratégico, tanto para formação de trabalhadores de novo tipo, quanto para conformação ética e moral da sociedade civil. Neste contexto, percebe-se que os organismos internacionais, notadamente a UNESCO, o Grupo Banco Mundial e a OCDE passaram por transformações significativas, assumindo novo papel no planejamento e formulação das políticas educacionais dos seus Estados-membros, de modo a criar um consenso em torno de uma pedagogia política do capital, para a qual os sistemas de avaliação educacional em larga escala são um elementos estratégico.

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Biografia do Autor

Thiago de Jesus Esteves, Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca – (CEFET-RJ)

Professor do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico do Colegiado do Ensino Médio (COEM).

José dos Santos Souza, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro – (UFRRJ)

Professor do Magistério Superior do Programa de Pós-Graduação em Educação, Contextos Contemporâneos e Demandas Populares (PPGEduc).

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Publicado

06/07/2020

Como Citar

ESTEVES, T. de J.; SOUZA, J. dos S. O papel dos organismos internacionais na reforma gerencial da educação brasileira: os sistemas de avaliação educacional em larga escala como instrumentos da pedagogia política do capital. Revista on line de Política e Gestão Educacional, Araraquara, v. 24, n. esp1, p. 678–692, 2020. DOI: 10.22633/rpge.v24iesp1.13791. Disponível em: https://periodicos.fclar.unesp.br/rpge/article/view/13791. Acesso em: 28 mar. 2024.