Como obra aberta: do constituir-se professor na formação inicial
DOI:
https://doi.org/10.22633/rpge.v20.n3.9756Palavras-chave:
Experiência. Identidade Docente. Formação de Professores em Artes Visuais.Resumo
A investigação, de abordagem qualitativa, consiste em um estudo de caso, cujo escopo fundamenta-se na análise de como as experiências vivenciadas pelos estudantes em um Curso de Formação Inicial de Professores – Licenciatura em Artes Visuais (LAV), em uma Instituição de Ensino Superior Privada no interior do Estado de São Paulo – são constitutivas da identificação profissional docente. Parte-se da hipótese de que no desenvolvimento da identidade docente, as experiências vivenciadas pelos licenciandos durante o itinerário formativo inicial (a graduação) terminam por criar brechas de ruptura com as crenças e as representações cristalizadas da docência, possibilitando a assunção de outros modos de ser e de estar na profissão. Para a coleta de dados, foram adotados como instrumentos: análise de documentos, questionário e entrevista semiestruturada. E os procedimentos de análise foram alicerçados pelos pressupostos da Análise de Conteúdo (BARDIN, 1977). Os caminhos escolhidos possibilitaram dar a potência que as experiências formativas assumem no processo identitário docente, dando visibilidade à urgência dos cursos de formação inicial de professores em Artes Visuais atentarem para as experiências formativas e simbólicas, criando mecanismos de articulação entre teoria, prática e experiência e de outros modos de ser/estar na profissão e na própria vida.
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Referências
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