Formação continuada de professores no Brasil e na Argentina

Um estudo comparado das políticas de formação para o contexto inclusivo

Autores

DOI:

https://doi.org/10.21723/riaee.v17i1.14675

Palavras-chave:

: Formação continuada de professores. Brasil. Argentina. Inclusão.

Resumo

O presente artigo objetiva um estudo comparado entre as políticas de formação continuada de professores da educação básica para o contexto educacional inclusivo no Brasil e na Argentina. Para tanto, optamos pela metodologia da Educação Comparada, através da qual se pretende conhecer, interpretar e verificar semelhanças e diferenças entre as políticas de formação continuada docente dos países em tela. Primeiramente, discutimos especificamente a formação continuada de professores para o contexto inclusivo no Brasil e na Argentina. Por fim, estabelecemos os pontos de divergências e convergências das políticas nos referidos países, onde verificamos que o aparato legal das políticas de formação continuada de professores da Educação Básica que atuam nas turmas comuns regulares trazem restritas menções, pois, quando falam de formação continuada dos professores, fazem referência aos professores especializados para o trabalho com o Atendimento Educacional Especializado (AEE); e não àqueles das classes comuns regulares, em cujas turmas os alunos com Necessidades Educacionais Especiais (NEE) estão inseridos. O Brasil apresenta uma gama maior de documentos e programas em relação à Argentina, mas nenhum dos dois países possui um documento, um trecho dentro de um documento, e nem um programa que contemple esse grupo de professores.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Paloma Domingues Ferreira, Universidade Estadual do Centro- Oeste (UNICENTRO), Irati – PR – Brasil

Integrante dos grupos de pesquisa: Formação Profissional em Contextos Educacionais Inclusivos - FOCUS - Unicentro; Estado, Políticas e Gestão em Educação-EPGE-Unicentro. Mestrado em Educação (UNICENTRO).

Gilmar de Carvalho Cruz, Universidade Estadual do Centro- Oeste (UNICENTRO), Irati – PR – Brasil

Professor Associado da Universidade Estadual do Centro-OesteDocente da Universidade Estadual do Centro-Oeste (UNICENTRO), Professor Permanente do Programa de Pós-Graduação em Educação (UEPG) e do Mestrado Profissional em Educação Inclusiva em Rede Nacional (PROFEI), na Universidade Estadual do Paraná (UNESPAR). Doutorado em Educação Física (UNICAMP). Bolsista de Produtividade em Pesquisa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

Referências

ARGENTINA. Ley de Educación Nacional n. 26.206, del 27 de diciembre de 2006. Buenos Aires, 2006.

ARGENTINA. Ministerio de Cultura y Educación. Documentos para la Concertación. Serie A, N° 19. Acuerdo Marco para la Educación Especial. Buenos Aires, 1998.

BALL, S. Intelectuais ou técnicos? O papel indispensável da teoria nos estudos educacionais. In: BALL, S. J.; MAINARDES, J. (org.). Políticas Educacionais: questões e dilemas. São Paulo: Cortez, 2011. p. 78-99.

BONITATIBUS, S. G. Educação Comparada: conceito, evolução, métodos. São Paulo: EPU, 1989.

BRASIL. Ministério da Educação. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei nº 9394. De 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Brasília, DF, 1996.

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica. Brasília: MEC/SEESP, 2001.

BRASIL. Lei n. 13.005 de 25 de junho de 2014. Aprova do Plano Nacional da Educação. Brasília: DF, 2014. Disponível em: http://pne.mec.gov.br/18-planos-subnacionais-de-educacao/543-plano-nacional-de-educacao-lei-n-13-005-2014. Acesso em: 29 jul. 2020.

BUENO, B. et al. Formação continuada de professores na América Latina: as políticas do Chile, México e Argentina. In: SEMINÁRIO INTERNACIONAL DE LA RED ESTRADO. POLÍTICAS EDUCATIVAS PARA AMÉRICA LATINA: PRAXIS DOCENTE Y TRANSFORMACIÓN SOCIAL, 9., 2012, Santiago de Chile. Anais [...]. Santiago de Chile, 2012. CD-ROM.

DEAN, M. Governando o alto desempregado em uma sociedade ativa. Economia e Sociedade, v. 2, n. 4, p. 559-583, 1995.

DÍEZ, A. M. Traçando os mesmos caminhos para o desenvolvimento de uma educação inclusiva. Revista da Educação Especial, Brasília, v. 5, n. 1, jan./jul. 2010.

DRI, W.I.Y. de O. A ação pública e a formação continuada de professores: um estudo de caso no Brasil e na Argentina. 2013. 319 f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade Estadual de Campinas, Campinas, SP, 2013.

ENS, R. T.; GISI, M. L. Políticas Educacionais no Brasil e a Formação de Professores. In: ENS, R. T.; BEHRENS, M. A. (org.). Políticas de Formação do Professor: caminhos e perspectivas. Curitiba: Champagnat, 2011.

GATTI, B. A. Formação de Professores: Condições e Problemas Atuais. Revista Brasileira de Formação de Professores – RBFP, v. 1, n. 1, p. 90-102, maio 2009.

GOROSTIAGA, J. M.; VIEIRA, L. M. F. Tendências nacionais e subnacionais no governo escolar: Argentina e Brasil, 1990-2010. In: OLIVEIRA, D. A.; PINI, M. E.; FELDFEBER, M. (org.). Políticas Educacionais e trabalho docente: perspectiva comparada. Belo Horizonte: Fino traço, 2011. p. 63- 90.

MANTOAN, M. T. E. Em defesa da Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. São Paulo: LEPED. FE/UNICAMP, 2018.

MARTINEZ, F. W. Licenciatura em Ciências Biológicas: um estudo sobre a formação pedagógica. 2014. 147 f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade Estadual de Ponta Grossa, Ponta Grossa, PR, 2014.

MATALUNA, M. B. Políticas de atendimento escolar a pessoas com necessidades educacionais especiais: Um estudo comparado (Brasil e Argentina). 2011. Dissertação (Mestrado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2011.

SILVA, F. C. T. Estudos comparados como método de pesquisa: a escrita de uma história curricular por documentos curriculares. Revista Brasileira de Educação, v. 21, n. 64, p. 209-224, jan./mar. 2016.

Publicado

02/01/2022

Como Citar

FERREIRA, P. D.; CRUZ, G. de C. Formação continuada de professores no Brasil e na Argentina: Um estudo comparado das políticas de formação para o contexto inclusivo. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 1, p. 0413–0427, 2022. DOI: 10.21723/riaee.v17i1.14675. Disponível em: https://periodicos.fclar.unesp.br/iberoamericana/article/view/14675. Acesso em: 21 nov. 2024.

Edição

Seção

Artigos teóricos