Saberes experienciais da docência em matemática: tecituras formativas no cotidiano da profissão docente

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22633/rpge.v25i3.15679

Palavras-chave:

Aprendizagens experienciais, Ensino de matemática, Profissão docente

Resumo

O presente artigo objetiva compreender como o/a docente de matemática produz um saber experiencial que é articulado aos percursos de suas próprias histórias de vida, de formação, bem como das necessidades de desenvolver estratégias de ensino que se articulem às necessidades formativas dos/as discentes. O estudo é de base qualitativa e ancora-se na abordagem (auto)biográfica, em que o/a professor/a fala de si, de seus movimentos profissionais e de ações educativas, imprimindo em sua narrativa os sentidos que ele/ela próprio/a produz ao narrar. O dispositivo de recolha de informações foi a entrevista narrativa desenvolvida com três professores/as de matemática que atuam no Ensino Médio. Os resultados evidenciaram que o ensino de matemática, que se efetiva numa relação dialógica a partir das vivências dos/as estudantes, logra maior condição de gerar aprendizagens. A contextualização a partir das vivências dos/as discentes favorece, a estes/as, maior êxito da aprendizagem da matemática e, de igual modo, produz significâncias sobre a matemática na vida dos/as estudantes.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

André Ricardo Lucas Vieira, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sertão Pernambucano (IFSertão), Santa Maria da Boa Vista – SE

Professor EBTT. Licenciatura em Matemática.

Fabrício Oliveira da Silva, Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), Feira de Santana – BA

Professor Permanente do Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE), Departamento de Educação. Doutorado em Educação e Contemporaneidade (UNEB).

Alfrancio Ferreira Dias, Universidade Federal de Sergipe (UFS), São Cristóvão – SE

Professor Permanente do Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGED), Departamento de Educação. Doutorado em Sociologia (UFS).

Referências

ALVES, N. Tecer conhecimento em rede. In: ALVES, N.; GARCIA, R. L. O Sentido da escola. Rio de Janeiro: DP&A, 2003. p. 91-100.

ALVES, R. S.; CAVALCANTE, K. L. Educação contextualizada no ensino de matemática em uma escola no Semiárido de Juazeiro-BA. Revista Semiárido De Visu, Juazeiro, v. 5, n. 1, p. 52-59, 2017.

ALVES, F. C.; FIALHO, L. M. F.; LIMA, M. S. L. Formação em pesquisa para professores da educação básica. Revista Tempos e Espaços em Educação, v. 11, n. 27, p. 285-300, 2018.

BOGDAN, R.; BLIKEN S. Investigação qualitativa em educação. Porto: Porto Editora, 2017.

CERTEAU, M. A invenção do cotidiano. Petrópolis, RJ: Vozes, 1994.

FERRAROTTI, F. Sobre a autonomia do método biográfico. In: NÓVOA, A.; FINGER, M. (Org.). O método (auto) biográfico e a formação. Lisboa: Ministério da Saúde. Departamento dos Recursos Humanos da Saúde/Centro de Formação e Aperfeiçoamento Profissional, 2010.

FELICETTI, V. L. et al. Perspectivas emergentes en investigación educativa. Revista Tempos e Espaços em Educação, v. 12, n. 30, p. 155-170, 2019.

JOSSO, M. C. Experiências de vida e formação. 2. ed. Natal, PA: EDUFRN, 2004.

JOVCHELOVITCH, S.; BAUER, M. W. Entrevista narrativa. In: BAUER, M. W. et al. Pesquisa qualitativa com texto, imagem e som: um manual prático. 2. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2002.

MAFRA, J. R. S.; SÁ, P. F. Abordagens na pesquisa em educação Matemática: algumas reflexões e perspectivas epistemológicas. Revista Tempos e Espaços em Educação, v. 13, n. 32, p. 1-21, 2020. DOI: https://doi.org/10.20952/revtee.v13i32.13465

MEDEIROS, E. A.; AGUIAR, A. L. O. O método (auto) biográfico e de histórias de vida: reflexões teórico-metodológicas a partir da pesquisa em educação. Revista Tempos e Espaços em Educação, v. 11, n. 27, p. 149-166, 2018. DOI: https://doi.org/10.20952/revtee.v11i27.7884

MOCROSKY, L. F.; ORLOVSKI, N.; LIDIO, H. O professor que ensina matemática nos anos iniciais: uma abertura ao contínuo acontecer histórico. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, v. 14, n. 1, p. 221–236, 2019. DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v14i1.10894

NASCIMENTO, L. F.; CAVALCANTE, M. M. D. Abordagem quantitativa na pesquisa em educação: investigações no cotidiano escolar. Revista Tempos e Espaços em Educação, v. 11, n. 25, p. 249-260, 2018. DOI: https://doi.org/10.20952/revtee.v11i25.7075

NÓVOA, A.; FINGER, M. (Org.). O método (auto)biográfico e a formação. Natal: EDUFRN; São Paulo: PAULUS, 2010.

RICOEUR, P. Teoria da interpretação. O discurso e o excesso de significação. Trad. Artur Morão do original inglês Interpretation Theory: discourse and the surplus of meaning. Lisboa: Edições 70, 2000.

RIOS, J. A. V. P. Narrativas e memórias da profissão docente no meio rural. In: FONTOURA, H. A.; LELIS, I. A. O. M; CHAVES, I. M. A. (Org.). Espaços formativos, memórias e narrativas. Curitiba, PR: CRV, 2014. p. 273-287.

ROCHA, C. J. T.; MALHEIRO, J. M. S. Narrativas identitárias em experiência de transformação e desenvolvimento profissional docente. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, v. 14, n. 3, p. 986–1000, 2019. https://doi.org/10.21723/riaee.v14i3.11836

ROCHA, L. P.; REIS, M. B. F. A pesquisa narrativa em educação especial. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, v. 15, n. esp. 1, p. 884–899, 2020. DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp.1.13500

SEVERINO, A. J. Pesquisa educacional: da consistência epistemológica ao compromisso ético. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, v. 14, n. 3, p. 900–916, 2019. DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v14i3.12445

SILVA, F. O. Formação docente no PIBID: Temporalidades, trajetórias e constituição identitária. 2017. 220 f.Tese (Doutorado em Educação) – Universidade do Estado da Bahia – UNEB, Salvador, Bahia.

SILVA. F. O.; RIOS, J. A. V. P. Aprendizagem experiencial da iniciação à docência no PIBID. Práxis Educativa, v. 13, n. 1, p. 202-218, jan./abr. 2018. DOI: https://doi.org/10.5212/PraxEduc.v.13i1.0012

SILVA, F. O.; LOPES, M. C. O.; SANTANA, J. F. M. Political formation in the bojo of university pedagogy: implications in the formation of future teachers. Revista Tempos e Espaços em Educação, v. 14, n. 33, p. e15372, 2021. DOI: https://doi.org/10.20952/revtee.v14i33.15372

SOUZA, E. C. Territórios das escritas do eu: pensar a profissão; narrar a vida. Revista Educação, Pesquisa (auto)biográfica, Experiência e Formação. Porto Alegre, EDIPUCRS, v. 34, n. 2, p. 213-220, 2011.

SOUSA, J. M. Repensar o Currículo como Emancipador. Revista Tempos e Espaços em Educação, v. 9, n. 18, p. 111-120, 2016. DOI: https://doi.org/10.20952/revtee.v9i18.4969

SOUSA, J. M. Discutindo conceitos em torno do Currículo. Revista Tempos e Espaços em Educação, v. 10, n. 23, p. 15-26, 2017. DOI: https://doi.org/10.20952/revtee.v10i23.7441

Publicado

08/12/2021

Como Citar

VIEIRA, A. R. L.; SILVA, F. O. da; DIAS, A. F. Saberes experienciais da docência em matemática: tecituras formativas no cotidiano da profissão docente. Revista on line de Política e Gestão Educacional, Araraquara, v. 25, n. 3, p. 2759–2777, 2021. DOI: 10.22633/rpge.v25i3.15679. Disponível em: https://periodicos.fclar.unesp.br/rpge/article/view/15679. Acesso em: 16 abr. 2024.

Edição

Seção

Artigos