A teoria histórico-cultural e a educação escolar numa perspectiva humanizadora

Autores

DOI:

https://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.1.15753

Palavras-chave:

Educação, Teoria histórico-cultural, Linguagem escrita, Humanização, Desenvolvimento

Resumo

Este artigo objetiva compreender como ocorre o processo de desenvolvimento e aprendizagem da linguagem escrita pela criança a partir da Teoria Histórico-Cultural. Para atingir o objetivo, desenvolveu-se uma pesquisa bibliográfica com abordagem qualitativa. Serviram de base teórica, principalmente, estudos de Vygotsky (1984, 1995, 2001), Leontiev (1978, 2004), Luria (1998a, 1998b, 1998c) etc. A partir da análise foi possível verificar que a criança forma todas as funções psíquicas superiores e a simbólica, necessárias à aprendizagem da escrita através da interação com o outro, na atividade externa e na atividade interna, para tornar seus esses conhecimentos. Conclui-se que é pela educação escolar, especialmente devido a sua forma sistêmica intencional que propicia a evolução do homem, em decorrência do domínio sobre os saberes e, em contrapartida, o seu reflexo no mundo material caraterizado pela coletividade, pois, além de gerar a evolução do homem de forma individual, a educação permite a reestrutura do comportamento em sociedade.

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Biografia do Autor

Tarciana Cecília de Souza Ferreira, Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL), Tubarão – SC – Brasil

Professora da Rede Estadual de Pernambuco e professora Municipal de Recife. Mestrado em Educação pela Universidade do Sul de Santa Catarina- UNISUL (MINTER).

Maria Sirlene Pereira Schlickmann, Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL), Tubarão – SC – Brasil

Professora do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL). Doutorado em Ciências da Linguagem (UNISUL).

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Publicado

01/03/2022

Como Citar

FERREIRA, T. C. de S.; SCHLICKMANN, M. S. P. A teoria histórico-cultural e a educação escolar numa perspectiva humanizadora. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. esp.1, p. 0643–0660, 2022. DOI: 10.21723/riaee.v17iesp.1.15753. Disponível em: https://periodicos.fclar.unesp.br/iberoamericana/article/view/15753. Acesso em: 29 mar. 2024.

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