Práticas inclusivas de alunos com TEA: principais dificuldades na voz do professor e mediador
DOI:
https://doi.org/10.22633/rpge.v21.n.esp2.2017.10386Palavras-chave:
Práticas inclusivas. Professor. Mediador. TEA.Resumo
As práticas inclusivas para alunos com Transtorno do Espectro Autista – TEA são importantes no dia-a-dia da sala de aula, tendo em vista a prioridade na aprendizagem, comunicação e interação dos alunos, e não apenas à presença física. Porém, as dificuldades do professor e mediador com relação às práticas pedagógicas se apresentam como barreiras do processo nesses espaços de aprendizagem sem uma compreensão didática dos docentes que carecem de estudos. Partindo dessa problemática, esta pesquisa tem como objetivos investigar as dificuldades enfrentadas pelos professores e mediadores em sala de aula e identificar as práticas e intervenções pedagógicas mais eficientes direcionadas para a aprendizagem de crianças autistas. A pesquisa bibliográfica nos ajudou no diálogo com a legislação básica LDB 9.294/96, Lei 12.764/2012 e com os relatórios das observações das aulas, como proposta de perceber quais as práticas com melhores resultados e as dificuldades. Utilizamos a entrevista como instrumento de coleta de dados, com dois professores: um mediador e um coordenador pedagógico. Os sujeitos entrevistados revelaram nas suas falas que apesar de utilizarem os métodos ABA (análise Aplicada do Comportamento) e PECS (Sistema de Comunicação pela troca de figuras) como práticas pedagógicas eficientes, ainda sentem muitas dificuldades com relação à adaptação de atividades (exercícios, trabalhos individuais e coletivos) e explicação dos conteúdos programáticos curriculares, como também a comunicação com os alunos autistas e a falta de formações continuadas para a efetivação das práticas inclusivas na escola, sendo esta última decisiva para a busca de conhecimentos capazes de provocar novas discussões e novas possibilidades didáticas.
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