Dificuldades de leitura, escrita e numeramento na educação superior: discussões acerca da reprodução das desigualdades sociais
DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.v16i1.13551Palavras-chave:
Matemática, Escrita, Letramento, Universidade.Resumo
Este artigo objetiva compreender como as desigualdades sociais originam dificuldades de leitura, escrita, aritmética e como essas questões de ordem social são transformadas em supostos diagnósticos clínico-biológicos em estudantes da Educação Superior. Os contornos metodológicos envolvem um estudo de caso de uma estudante encaminhada para a clínica fonoaudiológica para avaliação clínica. Os dados demonstram que as dificuldades acadêmicas da universitária são consideradas como “alterações de cunho patológico” por que refletem mecanismos de manutenção e reprodução de desigualdades sociais. A Universidade, por sua vez, não consegue fazer com que o apoio pedagógico institucional dê conta das dificuldades da acadêmica, devido às especificidades do curso de graduação. A partir disso, conclui-se que um possível caminho a ser construído no contexto da Educação Superior seja (trans)formar os cursos a partir da perspectiva do Desenho Universal para a Aprendizagem (DUA).
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