Inclusão, interculturalidade e inovação pedagógica: problematização de práticas e de percepções de docentes, discentes e coordenadores

Autores

DOI:

https://doi.org/10.21723/riaee.v13.nesp2.set2018.11643

Palavras-chave:

Interculturalidade, Inclusão, Inovação Pedagógica

Resumo

O estudo problematiza a percepção de docentes e discentes acerca da sua prática pedagógica. Discute os significados inovadores identificados em práticas pedagógicas interculturais e inclusivas, por ocasião do curso de Especialização em Educação, realizado em 2016 pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Catarinense – Campus Camboriú (IFC-Campus Camboriú). Informações oferecidas por coordenadores, professores e estudantes desse curso, a respeito de suas concepções e práticas de inovação pedagógica, interculturalidade e inclusão, são analisadas à luz do referencial teórico que vem sendo construído no Observatório Internacional de Inclusão, Interculturalidade e Inovação Pedagógica (OIIIIPe). Sob o enfoque da perspectiva omnilética, os depoimentos de estudantes e professores indicam que a inovação pedagógica implica em práticas interculturais e inclusivas que, por sua vez, são problematizadas na perspectiva decolonial.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Filomena Lucia Gossler Rodrigues da Silva, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Catarinense (IFC), Camboriú – SC

Doutora em educação pela Universidade Federal de Santa Catarina (2014). Atualmente é professora dos cursos de licenciatura e coordenadora do Programa de Pós-graduação em Educação Lato Sensu do Instituto Federal Catarinense - Campus Camboriú. Atua principalmente na investigação e reflexão em torno dos seguintes temas: Políticas Públicas, Formação de professores e Educação Profissional e Tecnológica. Membro e vice-líder do Grupo de Estudo e Pesquisa em Educação, Formação de Professores e Processos Educativos do Instituto Federal Catarinense e membro do Observatório Internacional de Inclusão, Interculturalidade e Inovação Pedagógica (OIIIIPe).

Sonia Regina de Souza Fernandes, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Catarinense (IFC), Camboriú – SC

Doutora em Educação pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos/UNISINOS/RS (2008). Doutoramento sanduíche na Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade do Porto/UP/Portugal. Professora e pesquisadora com experiência na área de Educação Básica e Superior. Linha de Pesquisa: Políticas e Processos Pedagógicos em Educação e Formação de Professores. Experiência em processos de formação continuada de professores da Educação Básica e Superior. Foi coordenadora institucional do PIBID/IFC. É docente no Instituto Federal Catarinense/Campus de Camboriú. Foi coordenador o setor de Ensino Superior ((2012-2015). Atualmente é reitora do Instituto Federal Catarinense e coordenadora da Câmara de Ensino do CONIF. 

Reinaldo Matias Fleuri, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Florianópolis – SC

Doutor em Educação pela Universidade Estadual de Campinas (1988), realizou estágios de pós-doutorado na Università degli Studi di Perugia, Itália (1996), na Universidade de São Paulo (2004) e na Universidade Federal Fluminense (2010). Professor Titular da Universidade Federal de Santa Catarina, com vínculo de professor voluntário após sua aposentadoria em 2011, atua como professor permanente no Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas. Atuou em 2012-2016 como professor visitante nacional sênior (CAPES) junto ao Instituto Federal Catarinense, colaborando na criação de novos programas de pós-graduação com inserção regional e articulação internacional. Faz parte do Instituto Paulo Freire. É pesquisador do CNPq (1C). Tem desenvolvido, coordenado e orientado pesquisas, que resultaram em publicações e produções acadêmicas nas áreas de epistemologia, educação popular, interculturalidade, educação inclusiva e formação de educadores. Fundou em 1997 o Grupo de Pesquisa Educação Intercultural e Movimentos Sociais (CNPq/UFSC). Sua singularidade está em articular pesquisa com intervenção educativa, nos projetos de Formação de Educadores Populares de Capoeira (UFSC, 2004, 2005 e 2007), de Curso de Formação de Professores para a Educação Inclusiva (SESISC, 2007 e 2008), de Curso de Formação de Professores para a Diversidade e Cidadania (MEC/UAB, 2009) e de produção de material didático para o trabalho com Diversidade Religiosa e Direitos Humanos em âmbito nacional (MEC, 2010-2013). Participa ativamente de associações científicas nacionais (como a ANPEd) e internacionais, como a Association Internationale pour la Recherche Interculturelle (ARIC), da qual foi presidente em duas gestões (2007-2011). Foi professor convidado nas universidades canadenses de Sherbrooke (2006) e de Montreal (2013). É professor honorário na University of Queensland e na Griffith University (Australia, 2014-2017). Desenvolve parceria com a Università di Verona (Itália) e com o Centre d?Études Éthniques des Universités de Montréal (CEETUM-Canadá). Cooperou com universidades do México, Colômbia, Argentina e Paraguai. Tal inserção internacional tem se construído na liderança de quatro congressos internacionais realizados no campo da Educação Intercultural e Movimentos Sociais (1997, 2003, 2006 e 2009). Realizou consultorias ao MEC/INEP/PNUD em 2012-2014. Recentemente, intensifica esforços para a consolidação da rede de cooperação cientifica internacional que explora novas fronteiras cientificas nos campos da educação, interculturalidade e descolonialidade.

Referências

BERBEL, Neusi A. N. A problematização e a aprendizagem baseada em problemas: diferentes termos ou diferentes caminhos? Comunicação, Saúde, Educação, v.2, n.2, 1998. p. 139-154.

CUNHA, Maria I. O professor universitário na transição paradigmática. Araraquara: JM Editora, 1998.

FLEURI, Reinaldo M. Complexidade e interculturalidade: desafios emergentes para a formação de educadores em processos inclusivos In: Tornar a educação inclusiva. Brasília: UNESCO/ANPEd, 2009, v.1, p. 65-88.

FLEURI, Reinaldo M. Intercultura e educação. Revista Brasileira de Educação, n. 23, p. 16-35, mai./ago. 2003.

FLEURI, Reinaldo M.; FLEURI, Lilian J. Learning from Brazilian Indigenous Peoples: Towards a Decolonial Education. In: The Australian Journal of Indigenous Education. p. 1-11, 2017. doi:10.1017/jie.2017.28.

FOUCAULT, Michel. Vigiar e Punir. Petrópolis: Vozes, 1977. 278p.

IFC. Projeto pedagógico do Programa de Formação continuada de trabalhadores da Educação. Camboriú, 2015.

OIIIIPE. Projeto de Pesquisa: Formação de educadores – inclusão, interculturalidade e inovação pedagógica em contextos internacionais de ensino superior. Rio de Janeiro, 2016.

SANTOS, Mônica P. Dialogando sobre inclusão em educação: contando casos (e descasos). Editora CRV: Curitiba: 2013.

STAINBACK, W.; STAINBACK, S. Controversial issues confronting special education: Divergent perspectives. Boston: Allyn & Bacon, 1992.

STOER, Stephen R. Novas formas de cidadania, a construção europeia e a reconfiguração da universidade. In: Educação, Sociedade & Culturas, n. 26, 2008, p. 219-238.

WALSH, Catherine. Interculturalidad, Estado, Sociedad: Luchas (de)coloniales de nuestra época. Universidad Andina Simón Bolivar, Ediciones Abya-Yala, Quito, 2009.

Downloads

Publicado

01/09/2018

Como Citar

SILVA, F. L. G. R. da; FERNANDES, S. R. de S.; FLEURI, R. M. Inclusão, interculturalidade e inovação pedagógica: problematização de práticas e de percepções de docentes, discentes e coordenadores. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 13, n. esp.2, p. 1265–1280, 2018. DOI: 10.21723/riaee.v13.nesp2.set2018.11643. Disponível em: https://periodicos.fclar.unesp.br/iberoamericana/article/view/11643. Acesso em: 22 nov. 2024.

Edição

Seção

Artigos teóricos

Artigos Semelhantes

1 2 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.