A sexualidade silenciada no ambiente escolar e as contribuições da série Sex Education

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22633/rpge.v24iesp3.14276

Palavras-chave:

Educação, Sexualidade, Sociedade, Diálogo.

Resumo

A Educação Sexual é considera um tabu na sociedade. Os diálogos que deveriam, em suma, alicerçar informações e debates coerentes sobre sexualidade são transformados em um conjunto de achismos baseados em desinformações, revelando uma Educação Sexual informal perpassada por gerações e apoiada em dogmas morais e religiosos. A pesquisa tem como objetivo analisar a série Sex Education da Netflix e sua relevância para o debate da Educação Sexual. Trata-se de um estudo exploratório que nos permite refletir a escola como órgão inerente à sociedade, que se vê refletida em um paradigma marcado pelo reforço do senso comum atrelado às temáticas da sexualidade. Assim, denota-se que a escola deve ser responsável por disseminar uma Educação Sexual formal, baseada em estudos científicos acerca da sexualidade, mas esbarra em conceitos morais e deturpados de profissionais, impedindo, consequentemente, que haja uma discussão livre de dogmas e preconceitos e que, efetivamente, venha a sanar os questionamentos dos alunos da atual geração.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Isabela Cristina Manchini, Universidade Estadual Paulista (UNESP), Araraquara – SP

Mestranda no Programa de Pós-graduação em Educação Sexual. Integrante do Grupo de Pesquisa em Educação e Diversidade - GPED/UNESPAR na linha Sexualidade e Educação Sexual. Colunista do site da rádio da cidade de Ibitinga-SP.

Jéssica da Costa Jacinto, Universidade Estadual Paulista (UNESP), Araraquara – SP

Mestranda Mestrando no Programa de Pós-graduação em Educação Sexual. Membro Grupo de Pesquisa em Educação e Diversidade (GPED/UNESPAR). Diretora voluntaria e fundadora da ONG Núbia Rafaela Nogueira. Bolsista FAPESP.

Ricardo Desidério da Silva, Universidade Estadual Paulista (UNESP), Araraquara – SP

Docente no Programa de Pós-graduação em Educação Sexual, Pesquisador nos Grupos Sexualidade Vida/USP-CNPq, EDUSEX-Formação de Educadores e Educação Sexual (UDESC) e Grupo de pesquisa sobre educação e sexualidade- GEPEX (UNIOESTE). Doutorado em Educação Escolar (UNESP).

Referências

BIANCON, M. L. Educação em sexualidade crítica: formação continuada de professoras (es) com fundamentos na pedagogia histórico-crítica. Orientadora: Ana Lúcia Olivo Rosas Moreira. 2016. 186 f. Tese (Doutorado) – Universidade Estadual de Maringá, Maringá, 2016.

BONFIM, C. Educação sexual a formação de professores: da educação sexual que temos à educação sexual que queremos. João Pessoa: Editora Universitária da UFPB, 2010.

BONFIM, C. Desnudando a educação sexual. Campinas: Papirus, 2012.

BRASIL. Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Diário Oficial da União: Seção 1, Brasília, DF, n. 248, p. 27833, 23 dez. 1996.

BRASIL. Ministério de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: pluralidade cultural, orientação sexual. Brasília: MCE/SEF, 1997.

BRITZMAN, D. O que é essa coisa chamada amor: identidade homossexual, educação e currículo. Educação e Realidade, Porto Alegre, v. 21, n. 1, jan./jul. 2003.

DESIDÉRIO, R. Educação sexual e o direito da criança e do adolescente: Por que e para que ensinar a temática na escola? Capítulo 4? In: MAIA, J. S. S.; BIANCON, M. L. (Org.). Educação das relações de gênero e em sexualidades: reflexões contemporâneas. Curitiba: Appris, 2014.

FIGUEIREDO, N. M. A. A produção teórica no brasil sobre educação sexual. Caderno de pesquisa. São Paulo, agosto 1996. Disponível em: http://publicacoes.fcc.org.br/ojs/index.php/cp/article/view/795. Acesso em: 05 abril 2020.

FIGUEIREDO, N. M. A. Método e metodologia na pesquisa científica. 2. ed. São Caetano do Sul, 2007. p. 89-106.

KUNZ, E. Pedagogia crítico-emancipatória. In: GONZÁLES, J.; FENSTERSEIFER, P. E. (Org.). Dicionário crítico de educação física. Ijuí: Ed Unijuí, 2005. p. 316-318.

RANCISCATI, C. S. S.; LEIVAR, A. P. B.; RODRIGUES, R. O. Base nacional comum curricular e diversidade sexual e de gênero: (des)caracterizações. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, p. 1538-1555, junho, 2019. ISSN 1982-5587. DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v14iesp.2.12051

REIS, T.; EGGERT, E. Ideologia de Gênero: Uma falácia construída sobre os planos de educação brasileiros. Educação & sociedade, Campinas, v.38, n.138, p. 9-26, jan./mar., 2017. DOI: https://doi.org/10.1590/es0101-73302017165522

RIBEIRO, P. R. M.; MONTEIRO, S. A. S. Avanços e retrocessos da educação sexual no Brasil: apontamentos a partir da eleição presidencial de 2018. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, p. 1254-1264, jun., 2019. ISSN 1982-5587. DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v14iesp.2.12701

SILVA, R. D. Educação audiovisual da sexualidade: olhares a partir do Kit Anti-Homofobia. 2015. 144 f. Tese (Doutorado) – Universidade Estadual Paulista, Araraquara, 2015. Disponível em: http://hdl.handle.net/11449/126523. Acesso em: 3 mar. 2020.

TELLES, E. O. Igualdade de gênero x ideologia de gênero. INEQ. 2016. Disponível em: http://ineq.com.br/igualdade-de-genero-x-ideologia-de-genero/. Acesso em: 15 fev. 2020.

ZOCCA, A. R.; MUZZETI, L. R.; NOGUEIRA, N. S.; RIBEIRO, P. R. M. Percepções de adolescentes sobre sexualidade e educação sexual. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, p. 1463-1476, jan. 2016. ISSN 1982-5587. DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v10i6.8331

Publicado

28/12/2020

Como Citar

MANCHINI, I. C.; JACINTO, J. da C.; SILVA, R. D. da. A sexualidade silenciada no ambiente escolar e as contribuições da série Sex Education. Revista on line de Política e Gestão Educacional, Araraquara, v. 24, n. esp3, p. 1780–1792, 2020. DOI: 10.22633/rpge.v24iesp3.14276. Disponível em: https://periodicos.fclar.unesp.br/rpge/article/view/14276. Acesso em: 18 dez. 2024.

Artigos Semelhantes

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.