Formação inicial pública em educação especial no Brasil: uma análise sobre os projetos políticos pedagógicos

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22633/rpge.v25i2.15192

Palavras-chave:

Formação inicial, Educação especial, Projeto político pedagógico

Resumo

No cenário nacional, há atualmente onze cursos de licenciatura em nível de graduação em Educação Especial, oito são de caráter particular/comunitário/filantrópico e três de origem pública. Com base nessas informações, o presente artigo buscou investigar o perfil dos cursos de licenciatura em Educação Especial oferecidos por instituições públicas de ensino superior no Brasil. Para tanto, o método abordado foi a pesquisa documental do tipo exploratória e para tratamento e a análise dos dados fez-se uso da análise por conteúdo, seguida da análise por categorias. Os resultados evidenciaram Projetos Políticos Pedagógicos estruturados e elaborados conforme as demandas dos meios que estão inseridos, porém, constatou-se ausência de princípios norteadores para a elaboração desses documentos, resultado da inexistência de diretrizes curriculares nacionais para o curso em questão. Além disso, ressalta-se que um, dos três cursos existentes, foca em deficiências específicas, não ofertando uma formação ampla e completa para o futuro profissional.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Mayara Erbes Ranzan, Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR), São Carlos – SP

Doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Educação Especial.

Marlon Jose Gavlik Mendes, Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR), São Carlos – SP

Doutorando no Programa de Pós-Graduação em Educação Especial.

Fátima Elisabeth Denari, Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR), São Carlos – SP

Professora Adjunta no Departamento de Psicologia e Professora no Programa de Pós-Graduação em Educação Especial. Doutorado em Metodologia do Ensino (UFSCAR).

Referências

BORGES, W. F.; SANTOS, C. S.; COSTA, M. P. R. Educação Especial e formação de professores: uma análise dos projetos pedagógicos de curso (PPC). Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 14, n. 1, jan./mar. 2019. Disponível em: https://periodicos.fclar.unesp.br/iberoamericana/article/view/11267/7883. Acesso em: 31 jul. 2020.

BRABO, Gabriela Maria Barbosa A formação docente inicial na perspectiva da educação inclusiva: com a palavra, o professor formador. In: REUNIÃO NACIONAL DA ANPED, 37., 2015, Florianópolis. Anais [...]. Florianópolis, SC: UFSC, 2015. Disponível em: http://www.anped.org.br/sites/default/files/trabalho-gt15-4552.pdf. Acesso em: 9 jul. 2020.

BRASIL, Ministério da Educação. Política Nacional de Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva. Brasília, DF, 2008. Disponível em: http://peei.mec.gov.br/arquivos/politica_nacional_educacao_especial.pdf. Acesso em: 10 ago. 2018.

BRASIL, Ministério da Educação. Secretaria da Educação Especial. Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica. Brasília, DF: MEC, SEESP, 2001.

BRASIL. CNE. Resolução CNE/CP 2, de 19 de fevereiro de 2002. Institui a duração e a carga horária dos cursos de licenciatura, de graduação plena, de formação de professores da Educação Básica em nível superior. Brasília, DF, 4 mar. 2002. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/CP022002.pdf. Acesso em: 9 jul. 2020.

BRASIL. Ministério da Educação. Diretrizes do Programa do Governo Federal de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais Brasileiras – REUNI. Brasília, DF: MEC, 2007.

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais da Educação Básica. Brasília, DF: MEC, SEB, 2013.

BRASIL. Parecer CNE/CP 9, de 08 de maio de 2001. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação de Professores da Educação Básica. Nível Superior, curso de licenciatura, de graduação plena. Brasília, DF: MEC, 2002. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/009.pdf. Acesso em: 9 jul. 2020.

BRASIL. Resolução CNE/CEB 4, de 2 de outubro de 2009. Institui Diretrizes Operacionais para o Atendimento Educacional Especializado na Educação Básica, modalidade Educação Especial. Brasília, DF, 5 out. 2009. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/rceb004_09.pdf. Acesso em: 9 jul. 2020.

BUENO, J. G. S.; MARIN, A. J. Crianças com necessidades educativas especiais, a política educacional e a formação de professores: generalistas ou especialistas. In: CAIADO, K. R. M.; JESUS, D. M.; BAPTISTA, C. R. (Org.). Professores e educação especial: formação em foco. Porto Alegre, RS: Mediação, 2011. p. 111-130.

COSTA, V. B.; DENARI, F. E. Formação docente: reflexões sobre a escolarização dos estudantes com deficiência no ensino comum. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 7, n. 1. 2012. Disponível em: https://periodicos.fclar.unesp.br/iberoamericana/article/view/5374. Acesso em: 31 jul. 2020.

LUCKESI, C. C. Avaliação da aprendizagem escolar. 17. ed. São Paulo, SP: Cortez, 2005.

MANZOLI, L. P.; BATISTA, B. R.; SANTOS, C. V. A prática pedagógica no atendimento educacional especializado para o aluno com deficiência intelectual. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. 3, p. 1250-1264, jul./set. 2020. e-ISSN: 1982-5587. Disponível em: https://periodicos.fclar.unesp.br/iberoamericana/article/view/12965. Acesso em: 31 jul. 2021.

MARCONI, M. A.; LAKATOS, E. M. Técnicas de pesquisa. São Paulo, SP: Atlas, 1990. p. 56-123.

MATOS, S. N.; MENDES, E. G. Demandas decorrentes da Inclusão Escolar. Revista Educação Especial, Santa Maria (RS), v. 27, n. 48, jan./abr. 2014. Disponível em: https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/8796. Acesso em: 23 abr. 2020.

MINAYO, M. C. S. Pesquisa social: teoria, método e criatividade. Petrópolis, RJ: Editora Vozes, 2002. p. 74-76.

PEIXOTO, J. C. G; MENDES, O. M. Avaliação escolar e as crianças com deficiências: de políticas excludentes a aproximações inclusivas. Revista on line de Política e Gestão Educacional, Araraquara, v. 25, n 1, p. 06-18, jan./abr. 2021. e-ISSN: 1519-9029. Disponível em: https://periodicos.fclar.unesp.br/rpge/article/view/14113. Acesso em: 31 jul. 2021.

PLETSCH, M. D. A formação de professores para a educação inclusiva: legislação, diretrizes políticas e resultados de pesquisas. Educar em Revista, Curitiba, n. 33, p. 143-156, 2009. Disponível em: https://revistas.ufpr.br/educar/article/view/5233. Acesso em: 14 jul. 2020.

PUHL, M. J. O conhecimento e o princípio da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão. Revista HISTEDBR On-line, Campinas, v. 16, n. 69, set. 2016. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/histedbr/article/view/8645281. Acesso em: 13 jul. 2020.

RODRIGUES, D. Os desafios da equidade e da inclusão na formação de professores. Revista de Educación Inclusiva, v. 7, n. 2, 2017.

SAVIANI, D. Formação de professores: aspectos históricos e teóricos do problema no contexto brasileiro. Revista Brasileira de Educação, Rio de Janeiro, v. 14, n. 40, p. 143-155, jan./abr. 2009. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/rbedu/v14n40/v14n40a12.pdf. Acesso em: 10 mar. 2020.

SAVIANI, D.; DUARTE, N. A Formação humana na perspectiva histórico-ontológica. Revista Brasileira de Educação, Rio de Janeiro, v. 15, n. 45, p. 422-590, set./dez. 2010. Disponível em: https://www.redalyc.org/articulo.oa?id=27515491002. Acesso em: 10 mar. de 2020.

SOUZA, S. C. M. A representação social da inclusão na formação de professores. Revista on line de Política e Gestão Educacional, Araraquara, v. 24, n. 3, p. 1420-1444, set/dez. 2020. e-ISSN: 1519-9029. Disponível em: https://periodicos.fclar.unesp.br/rpge/article/view/13603. Acesso em: 10 mar. 2021.

THESING, M. L. C.; COSTAS, F. A. T. As pesquisas em Educação Especial na ANPEd: a produção do conhecimento nas reuniões científicas nacionais. Revista IberoAmericana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. 3, p. 1146-1166, jul./set. 2020. eISSN: 1982-5587. Disponível em: https://periodicos.fclar.unesp.br/iberoamericana/article/view/12426. Acesso em: 10 mar. 2021.

TORRES, J. P.; MENDES, E. G. Formação de professores de ciências exatas numa perspectiva inclusiva. Revista Insignare Scientia-RIS, Cerro Largo, v. 1, n. 3, 2018. Disponível em: https://periodicos.uffs.edu.br/index.php/RIS/article/view/10596. Acesso em: 09 jul. 2020.

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA. Projeto Político Pedagógico do curso de licenciatura plena em Educação Especial. Santa Maria, RS: UFSM, 2008. Disponível em: http://w3.ufsm.br/edespecial/?page_id=101. Acesso em: 3 abr. 2020.

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA. Projeto Político Pedagógico do curso de licenciatura noturno em Educação Especial. Santa Maria, RS: UFSM, 2010. Disponível em: http://eespecialnoturno.blogspot.com//. Acesso em: 3 abr. 2020.

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS. Projeto político pedagógico do curso de licenciatura em educação especial. São Carlos, SP: UFSCar, 2012. Disponível em: www.prograd.ufscar.br/cursos/cursos-oferecidos-1/educacao-especial/educacao-especial-projeto-pedagogico.pdf. Acesso em: 3 abr. 2020.

Publicado

01/08/2021

Como Citar

RANZAN, M. E.; MENDES, M. J. G.; DENARI, F. E. Formação inicial pública em educação especial no Brasil: uma análise sobre os projetos políticos pedagógicos. Revista on line de Política e Gestão Educacional, Araraquara, v. 25, n. 2, p. 1135–1150, 2021. DOI: 10.22633/rpge.v25i2.15192. Disponível em: https://periodicos.fclar.unesp.br/rpge/article/view/15192. Acesso em: 22 dez. 2024.

Edição

Seção

Artigos

Artigos Semelhantes

1 2 3 4 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.