Ensino, tecnologia e preconceito: diário de campo em uma escola destinada ao público LGBTTT no Brasil
DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.v12.n.esp.2.10291Palavras-chave:
Escola. Inclusão. Tecnologia. Diário de campo.Resumo
O Programa Federal Brasil “Sem Homofobia” foi lançado pela Secretaria Especial de Direitos Humanos (SEDH) em 2004, através do Conselho Nacional de Combate à Discriminação (CNCD). Este programa tem como objetivo combater a violência e a discriminação contra o grupo LGBT e promover cidadania homossexual, questionando temas relativos à homossexualidade em todos os Ministérios do Governo, além de propor políticas que apreciem esta população nas mais variadas esferas, entre elas a educação. No âmbito destas políticas, foi criada em Campinas-SP uma escola voltada para o público LGBTTT, chamada E-JOVEM. Desse modo, este artigo objetiva conhecer a realidade vivida pelos alunos e professores nessa referida escola e as possíveis transformações vividas tanto no âmbito pessoal (aprendizagem, liberdade, entre outros) quanto no âmbito coletivo, relativo ao combate à homofobia. Tais mudanças ou não, foram descritas em formato de diário de campo. Além da importância da escola na construção de uma sociedade que valorize a diversidade, o projeto E-JOVEM contempla o uso das novas Tecnologias na Educação, tendo em vista o desenvolvimento de uma sociedade cada vez mais tecnológica e a consequente inserção dessas novas Tecnologias no processo de ensino aprendizagem. Os resultados preliminares apontam que afirmar-se gay ou lésbica é dizer, a princípio, que não viverá segundo o natural e o convencional, que irá experimentar uma forma nova de casamento e família, que não a esperada por pais, tios, avós, etc.
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Referências
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