Formação de professores e altas habilidades/superdotação: um caminho ainda em construção
DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.v14i2.11080Palavras-chave:
Formação de professores, Educação inclusiva, Altas habilidades/superdotação.Resumo
Este artigo tem como objetivo problematizar a respeito da formação de professores para atuar na educação inclusiva, com foco na inclusão escolar dos alunos com altas habilidades/superdotação (AH/SD). A opção por discutir acerca da inclusão escolar destes alunos reside no fato de que estes alunos estão matriculados nas escolas regulares e, em muitos casos, suas habilidades não são identificadas e, consequentemente, a inclusão escolar destes não está sendo efetiva, pois as práticas pedagógicas não são planejadas para atender suas necessidades educacionais. Além disso, ainda são poucas as pesquisas brasileiras que abordam essa temática, dificultando assim que o assunto seja problematizado e ressignificado junto aos professores. A pesquisa apresentada é de cunho qualitativo, do tipo exploratória, em que a entrevista foi selecionada como instrumento de coleta de dados. As entrevistas foram gravadas e, posteriormente, transcritas, categorizadas e analisadas de forma descritiva com base no referencial que ancorou a pesquisa. Participaram deste estudo 12 professores que atuam nos anos finais do ensino fundamental de uma escola pública estadual, da cidade de Santa Maria, Rio Grande do Sul. Os resultados evidenciaram, entre outros aspectos, que a formação inicial e/ou continuada dos 12 professores participantes foi frágil, pois os mesmos não se sentiam instrumentalizados para planejar práticas pedagógicas inclusivas que atendessem os alunos com AH/SD. Desse modo, verifica-se que é necessário ampliar o debate a respeito da identificação das características de AH/SD, presentes nos alunos com AH/SD, e as formas de atendimento que estes têm direito, para que assim a inclusão escolar destes seja efetivada.
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