Do decreto ao controle do processo pedagógico: os coordenadores pedagógicos sob a tutela das avaliações externas
DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.v12.n2.9827Palavras-chave:
Coordenador pedagógico. Avaliações externas. Processo pedagógico.Resumo
Este artigo discute o processo de responsabilização pelos resultados das avaliações externas posto aos gestores escolares e, principalmente, aos coordenadores pedagógicos, sujeitos desta pesquisa. Metodologicamente, a pesquisa empírica, com âncora na abordagem qualitativa, envolveu três coordenadoras pedagógicas da Rede Municipal de Ensino do município de Cruz, Ceará. Para a coleta de dados aplicou-se três entrevistas semiestruturadas. A análise dos dados foi realizada por meio da análise do discurso. A partir do estudo em questão verificou-se as interferências das avaliações externas no cotidiano escolar, haja vista que estas impedem que a escola se construa pela via da participação efetiva, da força e criatividade dos sujeitos que a compõe, assim como os coloca cotidianamente no contexto escolar sob a ditadura contínua da linha de produção desencadeada pelas avaliações. O trabalho apresenta a necessidade dos coordenadores e professores tornarem-se sujeitos com militância pedagógica, assim como fugirem da batuta das avaliações que impedem a mobilidade pedagógica e ocasionam o excesso de trabalho.
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