Educação popular na prática docente universitária: epistemologia para uma ciência própria

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22633/rpge.v24i3.14202

Palavras-chave:

Educação Popular, Prática Docente, Universidade, Ciência Propria.

Resumo

Este artigo discute como a Educação Popular contribui para a formação de educadores populares que exercem o trabalho docente na universidade. A partir desse objetivo interpelamos: como a Educação Popular contribui para uma prática docente diferenciada na universidade, diante do paradigma eurocêntrico centrado no produtivismo para o capital? A abordagem qualitativa e a investigação-ação participante fundamentaram a concepção da pesquisa, para produção e coleta de dados: levantamento documental, entrevistas semiestruturadas, observação participante. O método dialético, como parte do próprio processo de pesquisa e da realidade social, permite analisar tensões, contradições, transformações e relações sociais de totalidade. Os aportes teóricos foram buscados em: Borda (1981), Freire (1996), Lefebvre (1983), Santos (2013), Streck (2014), entre outros. Os resultados apontam que a Educação Popular contribui para uma prática educativa docente comprometida com a reinvenção do conhecimento e da universidade, a partir de um para paradigma de ciência própria.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Maria do Socorro Pereira da Silva, Universidade Federal do Piauí (UFPI), Teresinha – PI

Professora Adjunta da Universidade Federal do Piauí e Coordenadora do Núcleo de Estudos, Pesquisa e Extensão em Educação, Ciência Descolonial, Epistemologia e Sociedade (NEPEECDES). Doutorado em Educação (UFPI).

Referências

BORDA, O. F. La ciência y el Pueblo: nuevas reflexiones sobre la investigación-acción. In: CONGRESSO NACIONAL DE SOCIOLOGIA, 3., 1981, Bogotá. Anais [...]. Bogotá, 1981. Disponível em: http://upedagogica.edu.bo/wp-content/uploads/2015/12/D.-Fals-Borda-la-ciencia-y-el-pueblo.pdf. Acesso em: 10 ago. 2016.

BORDA, O. F.; MORA-OSEJO, L. E. A superação do eurocentrismo. Enriquecimento do saber sistêmico e endógeno sobre o nosso contexto tropical. In: SANTOS, B. S. (Org.). Conhecimento prudente para uma vida decente: um discurso sobre as ciências sociais. São Paulo: Edições Afrontamento, 2003.

EQUIP. Educação popular: sujeitos políticos, participação popular, direitos humanos, cultura de paz e emancipação social. Recife: EQUIP, 2015.

FERNADES, F. O desafio educacional. São Paulo: Cortez: Autores Associados, 1989. (Educação Contemporânea)

FREIRE, P. R. N. Educação e Política. 1. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2014.

HOLLIDAY, O. J. Sistematização de experiências: aprender a dialogar com os processos. 2007.

LEFEBVRE, H. Lógica formal/lógica dialética. Rio de Janeiro: Editora Civilização Brasileira, 1983.

SANTOS, B. S. Pela mão de Alice: o social e o político na pós-modernidade. 14. ed. São Paulo: Cortez, 2013.

SANTOS, B. S. Um discurso sobre as ciências. 6. ed. São Paulo: Cortez, 2010.

STRECK, D. R. (Org.). Dicionário Paulo Freire. 2. ed. rev. amp. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2010.

STRECK, D. R. et al. (Org.). Educação popular e docência. 1. ed. São Paulo: Cortez, 2014. (Coleção docência em formação: Educação de Jovens e Adultos/coordenação Selma Garrido Pimenta)

Publicado

01/09/2020

Como Citar

SILVA, M. do S. P. da. Educação popular na prática docente universitária: epistemologia para uma ciência própria. Revista on line de Política e Gestão Educacional, Araraquara, v. 24, n. 3, p. 1541–1558, 2020. DOI: 10.22633/rpge.v24i3.14202. Disponível em: https://periodicos.fclar.unesp.br/rpge/article/view/14202. Acesso em: 29 mar. 2024.

Edição

Seção

Artigos

Artigos Semelhantes

1 2 3 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.