Os reformadores empresariais e as políticas educacionais: análise do movimento todos pela base nacional comum

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22633/rpge.v22iesp3.11889

Palavras-chave:

Políticas curriculares, Neoliberalismo, Educação.

Resumo

O movimento empresarial, no Brasil, tem influenciado de forma significativa na agenda e na construção de políticas públicas. Este trabalho tem como intuito analisar tal influência, mais especificamente, nas políticas educacionais curriculares, tendo como foco as atuações do “Movimento Todos pela Base Nacional Comum” (MBNC) no processo de construção da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Buscamos identificar os discursos presentes nos documentos produzidos por este grupo, bem como mapear quem são os agentes envolvidos e quais instituições, públicas e privadas, estes representam. Os resultados evidenciam que os reformadores empresariais que se apoiam nas ideias do estreitamento curricular, na verdade estão interessados nos diversos campos de atuação que se abrem com a efetuação da BNCC. Incitando assim, a criação de políticas educacionais brasileiras, para poder ofertar as “soluções” para os “problemas” educacionais.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Andresa Costola, Universidade Estadual Paulista "Julio de Mesquita Filho", UNESP - RIO CLARO

Licenciada no curso de Geografia, graduanda na modalidade Bacharel de mesmo curso, possui interesse nas áreas de políticas educacionais e já trabalhou em análise ambiental associada à sensoriamento remoto. Atualmente, possui projeto de pesquisa sobre o movimento empresarial e sua influência nas políticas educacionais brasileiras. Foi bolsista do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID) com o projeto de transdisciplinaridade entre a Geografia, a Língua Portuguesa e a Matemática, entre 2015 e 2018.

Raquel Fontes Borghi, Unesp-Rio Claro

Professora do Departamento de Educação da Universidade Estadual Paulista - Rio Claro; membro da equipe editorial da Revista Educação Teoria e Prática e Coordenadora do Programa de Pós-graduação em Educação/UNESP/Rio Claro. Pesquisadora do GREPPE (Grupo de Estudos e Pesquisas em políticas Educacionais).

Referências

BORGHI, R. Incidência do setor privado na dimensão do currículo da educação básica. In: ADRIÃO, T. et al. Privatização da educação brasileira: inserção de atores privados nas redes estaduais de ensino, 2018.

CONSED; UNDIME. Guia de Implementação da Base Nacional Comum Curricular: Orientações para o processo de implementação da BNCC. 2017.

FREITAS, L. C. Os reformadores empresariais da educação: da desvalorização do magistério à destruição do sistema público de educação. Educação e Sociedade, v. 33, n. 119, p. 379-404, 2012.

MOVIMENTO PELA BASE NACIONAL COMUM. O Movimento. 2016. Disponível em Movimento Pela Base Nacional Comum: http://movimentopelabase.org.br/o-movimento/. Acesso em: 10 ago. de 2018.

MOVIMENTO PELA BASE NACIONAL COMUM, & COMUNIDADE EDUCATIVA - CEDAC. Primeiros passos para a implementação da base nacional comum curricular. 2017. Disponível em Movimento pela Base Nacional Comum: http://movimentopelabase.org.br/wp-content/uploads/2017/04/BaseGuia.pdf. Acesso em: 10 ago. de 2018.

OLIVEIRA, R. D. O empresariado industrial e a educação brasileira. Revista Brasileira de Educação, n. 22, p. 47-60, jan./abr., 2003.

PERONI, V. M., & CAETANO, M. R. O público e o privado na educação: projetos em disputa? Revista Retratos da Escola, v. 9, n. 17, p. , 337-352, jul./dez., 2015.

SAVIANI, D. Escola e democracia: teorias da educação, curvatura da vara, onze teses sobre educação e política. 36. ed. São Paulo: Autores Associados: Cortez. 1986.

UNESCO. SECRETARIAT OF THE INTERNATIONAL CONSULTATIVE FORUM ON EDUCATION FOR ALL. World declation on education for all and framework for action to meet basic learning needs. Jomtien, Thailand. 1990.

Downloads

Publicado

02/12/2018

Como Citar

COSTOLA, A.; BORGHI, R. F. Os reformadores empresariais e as políticas educacionais: análise do movimento todos pela base nacional comum. Revista on line de Política e Gestão Educacional, Araraquara, v. 22, n. esp3, p. 1313–1324, 2018. DOI: 10.22633/rpge.v22iesp3.11889. Disponível em: https://periodicos.fclar.unesp.br/rpge/article/view/11889. Acesso em: 22 nov. 2024.

Edição

Seção

Artigos

Artigos Semelhantes

1 2 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.