Movimentos sociais do campo, políticas educacionais e formação humana

Autores

DOI:

https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp3.14444

Palavras-chave:

Movimento social, Política educacional, Educação do Campo, Formação humana

Resumo

Este artigo objetiva analisar as contribuições dos movimentos sociais do campo para a construção de políticas educacionais inclusivas a partir da década de 90 do século XX, período em que no Brasil e na América Latina a política neoliberal em curso em todas as dimensões da sociedade redesenhava a ação do Estado. É nesse período, também, que os movimentos sociais do campo inserem com maior ênfase, na agenda política de suas organizações, a educação formal como bandeira de luta. A pesquisa, de base bibliográfica e documental, mapeou as ações coletivas desenvolvidas pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) a fim de garantir o direito à educação escolar nos assentamentos e acampamentos de reforma agrária, tendo como foco as proposições e o que se conseguiu assegurar no âmbito das políticas educacionais.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Marli Clementino Gonçalves, Universidade Federal do Piauí (UFPI), Teresina – PI

Professora Adjunta do Departamento de Fundamentos da Educação.

Neuton Alves de Araújo, Universidade Federal do Piauí (UFPI), Teresina – PI

Professor Adjunto do Departamento de Métodos e Técnicas de Ensino.

Referências

AZEVEDO, J. M. L. de. A educação como política pública. Campinas, SP: Autores Associados, 2001.

BARBOSA, C. S. A educação de jovens e adultos na perspectiva da formação humana: desafios no contexto das relações flexíveis de trabalho. RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 14, n. 1, p. 63-76, jan./mar., 2019. E-ISSN: 1982-5587.

BASTOS, P. N. MST e Escola Nacional Florestan Fernandes: formação, comunicação e socialização política. Revista Brasileira de Ciências da Comunicação, São Paulo, v. 40, n. 2, p.129-142, maio/ago., 2017.

BRASIL. Lei nº 9.394 de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial da União. República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 23 dez. 1996.

BEZERRA NETO, L. SEM-TERRA aprende e ensina: estudo sobre as práticas educativas do movimento dos trabalhadores rurais. Campinas: Autores Associados, 1999.

CALDART, R. S. Educação em movimento: formação de educadoras e educadores no MST. Petrópolis, RJ: Vozes, 1997.

CALDART, R. S. “Escola é mais do que escola na Pedagogia do MST.” Petrópolis, RJ: Editora Vozes, 2000.

FREIRE, P. Pedagogia da indignação: cartas pedagógicas e outros escritos. São Paulo: Edunesp, 2000.

FREIRE, P. Conscientização: teoria e prática da libertação: uma introdução ao pensamento de Paulo Freire. São Paulo: Centauro, 2001.

FREIRE, P. Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2005.

FRIGOTTO, G. A dupla face do trabalho: criação e destruição da vida. In: FRIGOTTO, G.; CIAVATTA, M. (org.). A experiência do trabalho e a educação básica. Rio de Janeiro: DP&A, p. 11- 27, 2005.

GOHN, M. da G. Mídia, terceiro setor e MST: impactos sobre o futuro das cidades e do campo. Petrópolis, RJ: Vozes, 2000.

GOHN, M da G. Educação não-formal e cultura política. 2. ed. São Paulo: Cortez, 2001

GOHN, M. G. M. Teorias dos Movimentos Sociais. São Paulo: Edições Loyola, v.1. p. 396, 3ª ed., 2002.

HAGE, S. M. Movimentos sociais do campo e educação: referências para análise de políticas públicas de educação superior. Revista Eletrônica de Educação, v. 8, n. 1, p. 133-150, 2014.

LESSA, S. Trabalho e proletariado no capitalismo contemporâneo. São Paulo: Cortez, 2011.

MÉSZÁROS, I. A educação para além do capital. São Paulo, Boitempo, 2008.

MOLINA, M. C. A educação do campo e o enfrentamento das tendências das atuais políticas públicas. Educação em Perspectiva, Viçosa, v. 6, n. 2, p. 378-400, jul./dez. 2015.

PERONI, V. M. V. Política educacional e papel do estado no Brasil dos anos 1990. São Paulo: Xamã, 2003.

SABIA, C. P. de P.; BRABO, T. S. A. M. Relações de gênero no Movimento dos Trabalhadores Sem Terra – MST: perspectivas a partir da concepção pedagógica do movimento. RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 14, n. esp. 2, p. 1601-1612, jul., 2019. E-ISSN: 1982-5587.

SAVIANI, D.; DUARTE, N. A formação humana na perspectiva histórico-ontológica. Revista Brasileira de Educação, v. 15, n. 45, set./dez. 2010.

SEVERO, J. L. R. de L. O horizonte da Pedagogia Social: perspectiva de aproximação conceitual. RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 12, n. 4, p. 2122-2137, out./dez. 2017. E-ISSN: 1982-5587.

SCHERER-WARREN, I. Redes de movimentos sociais. São Paulo: Loyola, 1993.

TONET, I. Educação e formação humana. Ideação – Revista do Centro de Educação e Letras da Unioste, Campus de Foz do Iguaçu, v. 8, n. 9, p. 9-21, 2º sem. 2006.

Publicado

30/10/2020

Como Citar

GONÇALVES, M. C.; ARAÚJO, N. A. de. Movimentos sociais do campo, políticas educacionais e formação humana. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp3, p. 2369–2381, 2020. DOI: 10.21723/riaee.v15iesp3.14444. Disponível em: https://periodicos.fclar.unesp.br/iberoamericana/article/view/14444. Acesso em: 18 nov. 2024.

Artigos Semelhantes

1 2 3 4 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.