A infância no ensino fundamental obrigatório de nove anos: o que dizem os professores do primeiro ano?
DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.v12.n1.8150Palavras-chave:
Infância. Professores. Ensino Fundamental de Nove Anos.Resumo
O conceito de infância está incontestavelmente ligado aos diálogos concernentes à educação das crianças. Sensíveis a esse contexto, a pesquisa intitulada: “A infância no ensino fundamental obrigatório de nove anos: o que dizem os professores do primeiro ano?” é resultado da inquietação acerca de como os professores que atuam juntos a estes sujeitos concretos, crianças, estão nomeando, enunciando e compreendendo a infância e a educação das crianças no contexto da educação de nove anos, mais especificamente no primeiro ano das séries iniciais do ensino fundamental. Assim, definimos como objetivo geral compreender os sentidos e significados que configuram os discursos veiculados entre os professores do primeiro ano dos anos iniciais do ensino fundamental, no que diz respeito à Infância. O aspecto definidor de nossa reflexão vale ressaltar, não é a idade cronológica, mas, o que esses discursos enunciam sobre a concepção de criança e infância. Nesse contexto, delimitamos como campo empírico Escolas Municipais da Cidade de Caruaru- PE, nas quais foram selecionadas dez professoras do primeiro ano dos anos iniciais do ensino fundamental. Para compreendermos os diversos sentidos e significados sobre infância apoiamo-nos em uma metodologia de enfoque hermenêutico. Como instrumento de coleta de dados utilizamos entrevistas semi-estruturadas. Em linhas gerais, as análises parciais dos discursos de tais professoras nos indicam que os sentidos e significados atribuídos à infância ainda estão muito ligados à concepção desenvolvimentista, relacionada a uma noção etapista e cronológica de criança e infância. No que diz respeito à proposta de educação para a infância os resultados revelam uma concepção de educação voltada, sobretudo, para a consolidação das metas do ensino fundamental. Além disso, identificamos também, uma preocupação excessiva das instituições educativas com a escolarização precoce que se concretiza na ênfase da leitura e a escrita formal como as principais finalidades e objetivos do 1° ano do Ensino Fundamental, ressaltando o caráter propedêutico e compreendida como um momento fundamental de “investimento” no desenvolvimento da criança.
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