Itinerários do projeto da pesquisa e seus componentes epistemológicos
DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.v15i2.12344Palavras-chave:
Projeto de pesquisa, Produção do conhecimento, Questões epistemológicas.Resumo
Este ensaio objetiva discutir uma forma de organizar e de sistematizar o projeto de pesquisa no âmbito da graduação e da pós-graduação com ênfase em construir os componentes epistemológicos. A problematização emerge das reflexões dos autores sobre as questões metodológicas, decorrentes das orientações do trabalho acadêmico, particularmente sobre a construção do projeto e da pesquisa, bem como dos seus componentes no âmbito teórico e empírico, a fim de responder à questão norteadora, que se coloca nos seguintes termos: quais itinerários epistemológicos são possíveis/necessários na construção do projeto da pesquisa? O diálogo sobre a construção do conhecimento é delineado na perspectiva das teorias críticas e com opção política no sentido de decisão e de comprometimento com a realidade do estudo. Com tal finalidade, este ensaio pretende, em sua condição de provisoriedade e pela própria natureza da construção do conhecimento, evidenciar o rigor sem desejar a exatidão, porém caracteriza marcas de sua autoria pelo contínuo processo de conhecer, uma vez que se reconhece nas afirmações uma contra palavra. As contribuições deste ensaio perpassam pelo debate sobre como delimitar o objeto, construir a problemática e seus objetivos, além dos fundamentos teóricos, da identificação das categorias, do levantamento de informação e sua análise e a estrutura de planejamento da própria investigação. Conclui-se também, diante da compreensão dialógica, que o projeto e o seu produto como pesquisa constituem-se de um trabalho que articula a própria formação, a qual se deseja com autonomia e marcada de intencionalidade e historicidade.
Downloads
Referências
ARAÚJO, José Carlos Souza. Para uma análise das representações sobre as técnicas de ensino. In: VEIGA, Ilma Passos Alencastro (org.). Técnicas de ensino: por que não? Campinas, São Paulo, Papirus, 2007.
CAMUS, Albert, O mito de Sísifo. Tradução de Ari Roitman e Paulina Watch. Rio de Janeiro, BestBolso, 2010.
CANÁRIO, Rui. A aprendizagem ao longo da vida. Análise crítica de um conceito e de uma política. In: Canário, Rui (Org.). Formação e situações de trabalho. Porto: Porto, 2003.
CARROL, Lewis, Alice no país das maravilhas. São Paulo: Abril Cultural, 1980.
CAVACO, Carmen. Adultos pouco escolarizados: políticas e práticas de formação. EDUCA- Unidade de I&D de Ciências da educação. Universidade de Lisboa, Lisboa, 2009.
CUNHA, Maria Isabel da. Ensino como mediação da formação do professor universitário. In: MOROSINI, Marília Costa (Org.). Professor do ensino superior: identidade, docência e formação). Brasília: Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais, 2000. 80 p. Disponível em: http://inep.gov.br/informacao-da-publicacao/-/asset_publisher/6JYIsGMAMkW1/document/id/485922. Acesso em: 20 out 2019.
CURY, Carlos R. Jamil. Educação e contradição: elementos teórico-metodológico para uma teoria crítica do fenômeno educativo São Paulo: Cortez: Autores Associados. 1992.
FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Mini Aurélio: O dicionário da língua portuguesa. Curitiba: Positivo, 2008.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 25. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2002.
GERALDI, J.W. Portos de Passagem. São Paulo: Martins, 2003.
HADDAD, Sérgio (Coord.). O Estado da Arte das Pesquisas em Educação de Jovens e Adultos no Brasil: a produção discente da pós-graduação em educação no período de 1986- 1998. São Paulo: Ação Educativa, 2000. Disponível em: http://www.bdae.org.br/dspace/bitstream/123456789/2428/1/ejaea.pdf. Aceso em: 10 out. 2019.
KÖCHE, José Carlos. Fundamentos de metodologia científica: teoria da ciência e iniciação à pesquisa. Petrópolis, RJ. Editora Vozes, 2011.
LAFFIN, Marcos. Leitura: processo metodológico no ensino superior de Contabilidade. Revista Brasileira de Contabilidade, v. 39, n. 185, p. 41-53, 2010.
LAFFIN, Marcos. De contador a professor: a trajetória da docência no ensino superior de contabilidade. Orientadora: Maria Ester Menegasso. 2002. 203 f. Tese (Doutorado em Engenharia de Produção) - Universidade de Santa Catarina, 2004. Disponível em: https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/82933/184911.pdf?sequence=1&isAllowed=y. Acesso em: 15 mar. 2019.
LAFFIN, Maria. Hermínia Lage Fernandes. A constituição da docência entre professores de escolarização de jovens e adultos. Orientadora: Leda Scheibe. 2006. 216 f. Tese (Doutorado em Educação) - Universidade de Santa Catarina, 2006. Disponível em: http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/88310. Acesso em: mar. 2019.
MEKSENAS, Paulo. Aspectos teóricos e metodológicos da pesquisa empírica: a contribuição da obra de Paulo Freire. Revista Espaço Acadêmico, n.78, nov. 2007. Disponível em: http://metodologiapeseducaopopuplar.blogspot.com.br/2011/04/texto-de-paulo-meksenas-falar-de-paulo.html. Acesso 10 abril 2018.
MINAYO, Maria Cecília de Souza. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. 8. ed. São Paulo: Hucitec, 2004.
NETTO: José Paulo. Introdução ao estudo do método de Marx.1. ed, Editora Expressão Popular, São Paulo, 2011.
PERRENOUD, Philippe. Formação contínua e obrigatoriedade de competências na profissão de professor. Série Ideias, São Paulo: FDE, n. 30, p. 205-251, 1998.
ROMANOWSKI, Joana Paulin; ENS, Romilda Teodora. As Pesquisas Denominadas do Tipo “Estado da Arte” em Educação. Revista Diálogo Educacional, Curitiba, v. 6, n. 19, p. 37-50, set./dez. 2006. Disponível em: https://periodicos.pucpr.br/index.php/dialogoeducacional/article/view/24176. Acesso em: 02 set. 2019.
SAMPAIO, Maria das Mercês Ferreira. Um gosto amargo de escola: relações entre currículo, ensino e fracasso escolar. São Paulo: EDUC, 1998.
SCOCUGLIA, Afonso Celso. Paulo Freire e a Pedagogia da Pesquisa. EJA em Debate, Florianópolis, ano 3, n. 4. p. 29-44, jul. 2014. Disponível em: http://periodicos.ifsc.edu.br/index.php/EJA/article/view/1499. Acesso 10 mar. 2018.
SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. [livro eletrônico] 2. ed. São Paulo: Cortez, 2017.
SEVERINO, A. J. Pesquisa educacional: da consistência epistemológica ao compromisso ético. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, [S.l.], p. 900-916, oct. 2019. ISSN 1982-5587. Disponível em: https://periodicos.fclar.unesp.br/iberoamericana/article/view/12445. Acesso em: 28 fev. 2020. doi:https://doi.org/10.21723/riaee.v14i3.12445.
SOARES, M. Alfabetização no Brasil: o estado do conhecimento. Brasília: REDUC/ INEP/MEC, 1989.
TAFFAREL, Celi Zulke. Teoria do conhecimento: o que são categorias? curso de metodologia do ensino e pesquisa em educação física & esporte e lazer. Universidade Federal da Bahia, 2005. Disponível em: http://www.rascunhodigital.faced.ufba.br/ver.php?idtexto=400. Acesso: 10 abril 2019.
TESSER, Gelson João. Principais linhas epistemológicas contemporâneas. Educ. rev., n.10, p. 91-98, 1994. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-40601994000100012&lng=en&nrm=iso. Acesso em: 10 abril 2019.
TRIVIÑOS, A.N.S. Introdução à pesquisa em ciências sociais: a pesquisa qualitativa em educação. São Paulo: Atlas, 1992.
Como referenciar este artigo
LAFFIN, Maria Hermínia Lage Fernandes; LAFFIN, Marcos. Itinerários do projeto da pesquisa e seus componentes epistemológicos. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. 2, p. 000-000, abr./jun. 2020. E-ISSN: 1982-5587. DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15i2.12344
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Manuscritos aceitos e publicados são de propriedade dos autores com gestão da Ibero-American Journal of Studies in Education. É proibida a submissão total ou parcial do manuscrito a qualquer outro periódico. A responsabilidade pelo conteúdo dos artigos é exclusiva dos autores. A tradução para outro idioma é proibida sem a permissão por escrito do Editor ouvido pelo Comitê Editorial Científico.