A consideração da imprevisibilidade e da liberdade na construção de uma escola inclusiva
DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.2.16990Palavras-chave:
Inclusão escolar, Ensino, Diferença, Política nacional de educação especialResumo
As bases conceituais e legais da inclusão escolar nem sempre são problematizadas de modo a provocar uma ruptura com concepções e práticas pedagógicas voltadas à integração. Ao analisar o meu próprio trabalho de professor e pesquisador, encontrei na imprevisibilidade e na liberdade os pilares sobre os quais, a meu ver, a educação também pode ser edificada para acolher a todos, indistintamente. Neste ensaio, meu propósito é compartilhar, por meio da narratividade, o que penso sobre a inclusão no atual cenário brasileiro. Espero que as minhas experiências contribuam para que os professores repensem o que é um verdadeiro compromisso pedagógico com a inclusão e que, com isso, não admitamos toda e qualquer tentativa de retrocesso diante daquilo que o Brasil já conquistou nesse sentido.
Downloads
Referências
ALMEIDA, K. R. Descrição e análise de diferentes estilos de aprendizagem. Revista Interlocução, Belo Horizonte, v. 3, n. 3, p. 38-49, 2010. Disponível em: https://xdocs.com.br/doc/73-240-1-pbdescriao-e-analise-de-diferentes-estilos-de-aprendizagempdf-92803yyjpv8w. Acesso em: 15 fev. 2020.
BIESTA, G. Beyond Learning: Democratic Education for a Human Future. New York: Paradigm, 2006.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília, DF: Presidência da República, 1988. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Acesso em: 05 dez. 2021.
BRASIL. Política Nacional de Educação Especial. Brasília, DF: MEC; SEESP, 1994.
BRASIL. Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Brasília, DF: Presidência da República, 1996. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm. Acesso em: 05 dez. 2021.
BRASIL. Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. Brasília: MEC; SEESP, 2008. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/politicaeducespecial.pdf. Acesso em: 05 dez. 2021.
BRASIL. Decreto n. 10.502, de 30 de setembro de 2020. Institui a Política Nacional de Educação Especial: Equitativa, Inclusiva e com aprendizado ao longo da vida. Brasília, DF: Presidência da República, 2020a. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2020/decreto/D10502.htm. Acesso em: 05 dez. 2021.
BRASIL. Política Nacional de Educação Especial: Equitativa, Inclusiva e com aprendizado ao longo da vida. Brasília, DF: MEC; SEMESP, 2020b. Disponível em: https://www.gov.br/mec/pt-br/assuntos/noticias_1/mec-lanca-documento-sobre-implementacao-da-pnee-1/pnee-2020.pdf. Acesso em: 05 dez. 2021.
DELEUZE, G. Proust e os signos. 2. ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2003.
DELEUZE, G. Diferença e repetição. Tradução: Luiz Orlandi e Roberto Machado. Rio de Janeiro: Graal, 2006.
DUNN, R.; DUNN, K.; PRICE, G. E. Productivity environmental preference survey. Lawrence, KS: Price Systems, 1982.
FLEMING, N. D. Teaching and learning styles: VARK strategies. Christchurch: N. D. Fleming, 2001.
LANUTI, J. E. O. E. O ensino de Matemática: Sentidos de uma experiência. 2019. Tese (Doutorado em Educação) – Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2019. Disponível em: https://bv.fapesp.br/en/dissertacoes-teses/161990/teaching-mathematics-meanings-of-an-experience. Acesso em: 15 maio 2021.
LANUTI, J. E. O. E.; MANTOAN, M. T. E. Ressignificar o Ensino e a Aprendizagem a partir da Filosofia da Diferença. Revista del Centro de Estudios Latinoamericanos de Educación Inclusiva de Chile, Polyphonia, v. 2, n. 1, p. 119-129, 2018. Disponível em: https://revista.celei.cl/index.php/PREI/article/view/247. Acesso em: 25 mar. 2021.
LARROSA, J. Experiência e alteridade em educação. Revista Reflexão e Ação, Santa Cruz do Sul, v. 19, n. 2, p. 4-27, 2011. Disponível em: https://online.unisc.br/seer/index.php/reflex/article/view/2444. Acesso em: 25 maio 2020.
LARROSA, J. Tremores: Escritos sobre experiência. Tradução: Cristina Antunes e João Wanderley Geraldi. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2015.
LEITÃO, M. B. P. Estilos de aprendizagem sob a ótica da psicologia evolucionista. 2006. Dissertação (Mestrado em Psicobiologia) – Departamento de Fisiologia, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2006. Disponível em: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/17379. Acesso em: 25 maio 2021.
LOPES, R. B. Esboço para um pensamento da diferença e do devir deficiente na educação. Childhood & Philosophy, Rio de janeiro, v. 12, n. 24, p. 277-308, maio/ago. 2016. Disponível em: https://www.redalyc.org/pdf/5120/512055734005.pdf. Acesso em: 16 out. 2020.
MANTOAN, M. T. E. Diferenciar para incluir ou para excluir? Por uma Pedagogia da Diferença. São Paulo: Instituto Rodrigo Mendes, Projeto Diversa, 2013. Disponível em: https://docplayer.com.br/18875106-Diferenciar-para-incluir-ou-para-excluir-por-uma-pedagogia-da-diferenca.html. Acesso em: 16 ago. 2020.
MANTOAN. M. T. E. Inclusão, diferença e deficiência: sentidos, deslocamentos, proposições. Inclusão Social, v. 10, n. 2, p. 37-46, 2017. Disponível em: https://revista.ibict.br/inclusao/article/view/4030. Acesso em: 10 dez. 2021.
RANCIÈRE, J. O Mestre ignorante: Cinco lições sobre a emancipação intelectual. Tradução: Lilian do Valle. Belo Horizonte: Editora Autêntica, 2007.
SANTOS, B. S. Um discurso sobre as ciências. 7. ed. São Paulo: Cortez, 2010.
SCHÉRER, R. Infantis: Charles Fourier e a infância para além das crianças. Belo Horizonte: Editora Autêntica, 2009.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 José Eduardo de Oliveira Evangelista Lanuti
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
Manuscritos aceitos e publicados são de propriedade dos autores com gestão da Ibero-American Journal of Studies in Education. É proibida a submissão total ou parcial do manuscrito a qualquer outro periódico. A responsabilidade pelo conteúdo dos artigos é exclusiva dos autores. A tradução para outro idioma é proibida sem a permissão por escrito do Editor ouvido pelo Comitê Editorial Científico.